Nos últimos meses, houve um aumento na reprovação ao desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seu terceiro mandato na Presidência da República, conforme revelado por uma pesquisa realizada pelo instituto Paraná Pesquisas. Em quatro regiões do país, essa desaprovação ultrapassou a marca de 50%, exceto no Nordeste.
As taxas mais altas de desaprovação foram registradas nas regiões Sul (57,8%), Sudeste (53,0%) e Norte/Centro-Oeste (51,7%). No entanto, o Nordeste permanece como a única região onde a maioria ainda apoia Lula (59,9%). Em termos gerais, a gestão petista é desaprovada por 48,8% e aprovada por 46,6% dos brasileiros, enquanto 4,6% não souberam ou optaram por não opinar.
Quando perguntados sobre como avaliam a administração do presidente, 40,5% dos eleitores a consideram ruim ou péssima (um aumento em relação aos 30,7% registrados em agosto de 2023), enquanto 30,9% a veem como ótima ou boa (uma diminuição em relação aos 40% da pesquisa anterior) e 27,5% a classificam como regular (uma leve queda em relação aos 27,9% anteriores).
A queda na popularidade, que já havia sido detectada em pesquisas conduzidas por outros institutos, como Quaest, Datafolha e Atlasintel, parece ter algum impacto nas aspirações do presidente Lula de buscar um quarto mandato.
Essa diminuição na avaliação do presidente Lula também o coloca em uma posição delicada em relação a outros potenciais adversários, especialmente aqueles do centro à direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com quem ele estaria empatado em um possível segundo turno.
Além disso, Lula enfrentaria dificuldades até mesmo contra um candidato que nunca tenha concorrido a uma eleição, desde que esse candidato recebesse o apoio explícito de Bolsonaro, como é o caso da ex-primeira-dama Michelle, que, em um eventual segundo turno, ficaria tecnicamente empatada com o petista.
A pesquisa entrevistou 2.024 eleitores em 162 municípios de 26 estados e do Distrito Federal entre os dias 18 e 22 de março, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Os resultados foram divulgados pelo senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, partido responsável pela encomenda do levantamento ao Paraná Pesquisas.
Com informações da Veja