O deputado federal Chiquinho Brazão (União) teria sido mencionado como motivo pelo qual a delação de Ronnie Lessa, o assassino confesso da vereadora Marielle Franco, foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com informações obtidas pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, fontes da Suprema Corte confirmaram o envolvimento do nome de Chiquinho na situação.
Chiquinho é irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), que, conforme reportagem do site Intercept Brasil, foi apontado por Lessa como o mandante do crime. O nome de Domingos Brazão foi mencionado mesmo antes da homologação da delação, que ainda estava sob análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Chiquinho Brazão, eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-vereador da capital fluminense, ainda não se manifestou publicamente sobre a divulgação de seu nome pelo colunista.
Delação foi homologada
Nesta terça-feira, 19, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que a delação premiada de Ronnie Lessa já foi homologada. “Nos levam a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, disse o ministro.
Segundo Lewandowski, a delação foi homologada depois ter passado por uma audiência com o juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes. O ministro disse que não tem ciência do conteúdo da delação, que corre em sigilo, mas que, durante a audiência, Lessa confirmou “todos os termos da colaboração premiada”.
Lewandowski reafirmou que o processo segue em segredo de Justiça, pelas mãos de Alexandre de Moraes, no STF.
“É importante que se diga que o trabalho da polícia contou com a participação do Ministério Público Federal e Estadual”, disse.
Irmão fez campanha para Dilma
Na última eleição presidencial em que teve a oportunidade de se posicionar, Domingos Brazão, irmão de Chiquinho Brazão, expressou seu apoio à reeleição de Dilma Rousseff em 2014.
Naquele ano, ele fez campanha para a então presidente, participando de uma carreata ao lado do deputado federal Eduardo Cunha (MDB). Poucos meses depois, Brazão recebeu apoio na Assembleia Legislativa do Rio, inclusive do PT, para sua nomeação ao TCE. Na época, Jorge Picciani, que era do mesmo partido de Brazão, estava à frente da presidência da Alerj.
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Com informações de Terra e Metrópoles