As investigações sobre a morte da ex-vereadora Marielle Franco chegaram ao fim com à delação de Lessa, mas alguns episódios do acontecimento no dia do crime surpreendem muito quem acompanha o caso, um deles é a ligação feita pelo ex-deputado federal e atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PSOL), para um dos arquitetos do crime, Freixo aliado de Marielle revelou em uma publicação no antigo Twitter uma certa confiança com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, pouco após o trágico falecimento de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, informando que ligou para o delegado após o acontecimento dos fatos.
Em sua declaração, Freixo destacou que entrou em contato com Rivaldo Barbosa logo após tomar conhecimento do assassinato da vereadora e que, na ocasião, direcionava-se para o local do crime. Barbosa, então chefe da Polícia Civil, prometeu que a polícia investigaria o caso, demonstrando que tinha certo grau de proximidade com o delegado.
Entretanto, a reviravolta ocorre com a recente prisão de Rivaldo Barbosa, apontado como um dos suspeitos da morte de Marielle e Anderson Gomes, como resultado de uma operação deflagrada pela Polícia Federal.
Em suas próprias palavras: “Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube do assassinato da Marielle e do Anderson e me dirigia ao local do crime. Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro.” Dessa forma, Freixo destaca a mudança abrupta verificada entre as interações iniciais e as ações posteriores de Barbosa, Freixo defendia que o crime tinha cunho político-ideológico e costumava apontar para outra direção.
A morte de Marielle Franco em março de 2018 gerou ampla repercussão e suscitou uma série de acusações e suposições, focalizando o envolvimento de personagens da direita política. No entanto, o desenrolar das investigações revelou surpreendentes ligações entre os suspeitos e a vítima, desafiando as primeiras percepções e evidenciando uma intrincada teia de relações que ainda estão sendo desvendadas.
Ficam em evidência as múltiplas acusações lançadas por amigos e familiares de Marielle, as quais, com o desenrolar das investigações, apontam para suspeitos que tinham algum contato com o grupo político da ex-vereadora e demonstrando que as acusações iniciais para um crime ligado a ideologia da vereadora era infundada.