O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, moveram uma ação judicial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o governo Lula anunciar a recuperação de móveis supostamente desaparecidos do Palácio da Alvorada, os quais foram alegadamente levados pelo casal durante sua mudança. A Presidência da República informou que todos os 261 itens do patrimônio do Palácio foram recuperados, muitos deles encontrados em um depósito, embora sem fornecer detalhes específicos.
No processo, Bolsonaro e Michelle exigem uma retratação de Lula e uma indenização de R$ 20 mil, a ser destinada a uma ONG em Ceilândia, no Distrito Federal, que cuida de crianças em situação vulnerável. A retratação deve ocorrer através de uma coletiva de imprensa oficial no Palácio da Alvorada, perante a GloboNews e nos canais oficiais de comunicação do governo federal, conforme o pedido publicado na Folha.
Na quarta-feira, a oposição na Câmara dos Deputados apresentou uma denúncia na Procuradoria-Geral da República contra Lula, acusando-o de falsa comunicação de crime e ato de improbidade administrativa.
A questão dos móveis do Palácio da Alvorada foi utilizada como justificativa para a compra de novos móveis, incluindo cinco peças e um colchão, ao preço de 196.770 reais.
Lula, que levou algumas semanas para se mudar para a residência oficial após tomar posse, expressou sua frustração com a situação em janeiro de 2023, afirmando sentir-se como um “sem-casa, sem-palácio”.
Durante um encontro com jornalistas, Lula sugeriu que os móveis levados pelo casal Bolsonaro poderiam ser de propriedade pública, desencadeando a irritação do casal. A ex-primeira-dama Michelle ironizou a situação, propondo até mesmo uma “CPI dos Móveis do Alvorada” e comentando nas redes sociais que aqueles que pregam a humildade e simplicidade não querem viver de forma simples.
Com informações do O Antagonista.