Os dois detentos que escaparam do presídio de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, evadiram-se por volta das 3h17 da madrugada, conforme apurado pela CNN. Os fugitivos conseguiram subir em uma das luminárias, ganharam acesso ao teto, cortaram a cerca e pularam para fora. Diferentemente da penitenciária de Brasília, o presídio de Mossoró não conta com uma muralha de contenção.
Os investigadores estão considerando a possibilidade de falha humana ou cooptação, já que ainda não há explicações sobre como conseguiram atravessar pelo menos três portas – cela, corredor e pátio – e burlar o circuito fechado de câmeras de TV.
O Ministério da Justiça suspeita que uma obra no pátio do Presídio Federal tenha comprometido a segurança da unidade, resultando na primeira fuga do Sistema Penitenciário Federal. De acordo com membros do Ministério, devido à obra, um detector de metais estava desativado, e os agentes penitenciários não estavam passando pelos procedimentos usuais, o que poderia permitir a entrada de materiais normalmente proibidos.
“Não é uma estrutura simples, há até monitoramento”, afirmou um policial em um relato reservado à CNN. As autoridades estão conduzindo uma investigação rigorosa para restaurar a credibilidade do sistema, que, em 20 anos, nunca havia registrado uma fuga.
Os dois fugitivos têm vínculos com o Comando Vermelho. Procurado, o Ministério da Justiça não comentou o ocorrido.
Fuga inédita
Nesta quarta-feira (14), ocorreu a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), marcando a primeira ocorrência desse tipo na história de prisões de segurança máxima. A inauguração da primeira penitenciária federal no Brasil ocorreu em junho de 2006, e atualmente existem cinco unidades no país. O setor de inteligência detectou a fuga, resultando na emissão de um alerta a todos os policiais penais. Os fugitivos têm vínculos com o Comando Vermelho.
O secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, está a caminho de Mossoró acompanhado por membros da pasta. Sua nomeação para o cargo ocorreu na semana passada.
A Polícia Federal foi acionada para realizar a captura dos fugitivos e investigar as responsabilidades pela fuga, sendo a informação preliminar que eles estão ligados ao Comando Vermelho. Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, também conhecido como Querubim, Chapa, Cabeça de Martelo ou Martelo; e Deibson Cabral Nascimento, cujos apelidos incluem Tatu, Deisinho ou Deicinho.
Com informações de CNN Brasil