Organizações envolvidas em movimentos sociais e líderes de partidos de esquerda, ao serem consultados pela CNN, reconhecem que o campo bolsonarista possui uma capacidade de mobilização mais significativa atualmente. Em resposta ao recente ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, planejam uma “jornada de mobilizações” em março.
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que englobam entidades como MST, MTST, CMP e UNE, programam uma reunião esta semana para analisar o evento do último domingo e elaborar estratégias para as mobilizações de março. A proposta é realizar uma série de eventos a partir de 8 de março, culminando em um ato no dia 24. Ainda não foi decidido se haverá uma manifestação única na Avenida Paulista ou eventos dispersos em diversas cidades pelo Brasil.
Há uma corrente que defende a realização de manifestações pulverizadas, argumentando que a esquerda não dispõe da mesma “retaguarda” de empresários do agronegócio que teriam contribuído para a mobilização de caravanas do interior de São Paulo no evento bolsonarista.
“O Bolsonaro foi derrotado eleitoralmente, mas o bolsonarismo segue muito forte. O campo da esquerda continua com dificuldade de mobilizar, ainda mais sendo governo. A esquerda priorizou as disputas eleitorais”, disse à CNN Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares e integrante da Frente Brasil Popular.
Com informações de CNN