A Advocacia-Geral da União (AGU) recusou o pedido de Gustavo Scarpa, jogador do Atlético-MG, para acesso antecipado ao laudo merceológico das pedras de alexandrita, objeto central no caso envolvendo a empresa Xland. A Xland alegava usar as pedras como garantia para recuperar investimentos de clientes em criptomoedas, sendo Scarpa uma das vítimas do suposto golpe, junto com Willian Bigode, jogador do Santos.
A Justiça de São Paulo havia autorizado Scarpa a questionar a Polícia Federal sobre os resultados da perícia merceológica realizada nas pedras no ano anterior. O laudo determinará a procedência das pedras e se são de origem proibida. A AGU interveio após a Receita Federal ser acionada para obter informações das investigações da Polícia Federal do Acre.
Em resposta, a AGU argumentou que as informações não podem ser divulgadas devido ao sigilo do inquérito sobre as alexandritas. A Advocacia-Geral defende que o laudo merceológico seja disponibilizado a Scarpa após o término das apurações. A AGU destacou:
“Segundo o referido delegado da Polícia Federal, a divulgação de informações sobre o laudo merceológico, no presente momento, afigura-se precipitada, na medida em que pode prejudicar o andamento da investigação e a eventual recuperação de ativos obtidos com os crimes sob exame.”
A Xland alegava que as pedras alexandritas valiam R$ 2 bilhões, mas uma reportagem do Fantástico revelou que o lote foi adquirido por apenas R$ 6 mil. Scarpa acusa Willian Bigode de apresentar a Xland como um investimento seguro, alegando ter sido vítima de um golpe de R$ 6,3 milhões. O jogador Mayke, ainda no Palmeiras, também afirma ter sofrido um golpe semelhante e processa Willian Bigode por supostamente ter perdido R$ 4,5 milhões.
Com informações do Metrópoles.