Foto: Reprodução/Forbes.
Apesar das posições dos mais ricos do mundo ainda serem ocupadas por homens, muitas mulheres entraram na disputa recentemente. Em 2023, cerca de 60 novas mulheres se destacaram no mundo das finanças e integraram a lista. Somadas as fortunas, o valor total pode chegar US$ 621 bilhões. A maioria delas, da mesma forma que os homens, herdou o patrimônio de grandes conglomerados familiares, mas além de saber manter, muitas conseguiram multiplicar suas fortunas. É o caso das três mulheres mais ricas do mundo: as herdeiras da L’Oréal, Françoise Bettencourt Meyers, e do Walmart, Alice Walton, e Julia Koch.
Veja a lista:
1. Françoise Bettencourt Meyers
A neta do fundador da L’Oreal, Françoise Bettencourt Meyers, de 70 anos, atualmente é a mulher mais rica do mundo. Com cerca de 33% das ações da empresa da família, Françoise é membro do conselho desde 1997, presidente da holding e das organizações filantrópicas da família, que atua no ramo das ciências e das artes na França. Françoise ascendeu plenamente na lista dos mais ricos após a morte de sua mãe, Liliane Bettencourt, de 94 anos, com quem a herdeira colecionou polêmicas mundialmente famosas.
Françoise chegou a doar US$ 226 milhões para reparar a Catedral de Notre Dame após o incêndio de abril de 2019. Próximo à morte de Liliane, um escândalo entre as duas ganhou as páginas de notícias pelo mundo. Na ocasião, um homem foi condenado por manipular e tirar vantagens financeiras da idosa. A polêmica foi abordada em um documentário da Netflix.
2. Alice Walton
Diferente dos irmãos, a única filha do fundador do Walmart, Sam Walton, Alice, não se dedica a holding da família. Aos 74 anos e com patrimônio líquido de US$ 62,9 bilhões, a mulher mais rica dos Estados Unidos voltou sua atenção para a curadoria de artes. Alice Walton é dona do Museu Crystal Bridges de Arte Americana, em Bentonville, no estado do Arkansas. Em acervo, a coleção conta com artes de Andy Warhol, Norman Rockwell e Mark Rothko.
Em 2022, um fundo de saúde holístico fundado na cidade natal da herdeira foi renomeado para Escola de Medicina Alice L. Walton.
3. Julia Koch e família
A filantropa Julia Koch, de 61 anos, viúva de David Koch, é atualmente a terceira mulher mais rica do mundo, com fortuna estimada em US$ 58,4 bilhões, de acordo com o ranking em tempo real da revista Forbes. Com um grande patrimônio em investimentos imobiliários, ela fechou a venda de sua cobertura de sete andares no Upper East Side, em Nova York, por US$ 41 milhões (o equivalente a R$ 202 milhões, na cotação atual).
Ela é formada em Artes e Ciências pela Universidade Central do Arkansas.
4. MacKenzie Scott
Desde que se divorciou do fundador da Amazon, Jeff Bezos, em 2019, MacKenzie se tornou uma das filantropas mais prolíficas da história, com cerca de 4% das ações da companhia do ex-marido, com quem foi casada por 25 anos. Até agora, ela doou mais de US$ 14 bilhões (R$ 70,8 bilhões) para cerca de 1.600 instituições de caridade por meio da sua organização Yield Giving.
Com patrimônio líquido estimado em US$ 41 bilhões, ela é a favor do estilo de doação em que as ONGs que apoia têm controle total sobre a melhor forma de aplicar os valores recebidos.
5. Jacqueline Mars
Aos 84 anos, a quinta mulher mais rica do mundo acumula fortuna de US$ 38,5 bilhões. Jacqueline Mars é herdeira com cerca de um terço da Mars, empresa de doces, alimentos e produtos para animais fundada por seu avô, Frank C. Mars, em 1911.
Atualmente, Jacqueline atua no conselho do Arquivo Nacional dos EUA. Antes disso, ela integrou o conselho da Ópera Nacional de Washington. Outra atividade relacionada à herdeira Mars, é a detenção de uma fazenda de cavalos na Virgínia que treina equinos montados por medalhistas olímpicos.
6. Miriam Adelson e família
Nascida em Israel, Miriam Adelson é viúva do ex-CEO e presidente da empresa de cassino Las Vegas Sands, Sheldon Adelson. Com a morte do empresário aos 87 anos em 2021, Miriam e sua família agora têm domínio de mais da metade da empresa da família, com cassinos em Singapura e em Macau. Em 2020, os Adelson se tornaram megadoadores do Partido Republicano dos Estados Unidos, com cerca de US$ 180 milhões para fins políticos.
Miriam é formada em medicina pela Universidade Hebraica de Jerusalém e tem como foco de trabalho pessoas com problemas de vícios com opioides. Aos 78 anos, ela divide o império familiar com os cinco filhos.
7. Rafaela Aponte-Diamant
Responsável pela decoração da MSC Cruzeiros, empresa que possui com o marido Gianluigi, Rafaela Aponte-Diamant tem 50% do império da família. Eles se conheceram durante uma viagem à Ilha de Capri na década de 1960. O homem era capitão de navio e os dois decidiram investir no ramo com cerca de US$ 200 mil.
Atualmente, Rafaela tem US$ 31 bilhões de fortuna estimada e é considerada uma rica ‘self-made’, pois não herdou seus bens. Na empresa, Gianluigi é o presidente executivo da MSC e o filho deles, Diego, é o presidente da MSC.
8. Gina Rinehart
Dona de um império de minério de ferro e filha do explorador Lang Hancock, Gina Rinehart, de 69 anos, reestruturou a empresa da família quando se tornou presidente executiva em 1992. Atualmente, segundo a Forbes, ela é a segunda maior produtora de gado da Austrália, com propriedades de criação por todo o país. Além disso, Rinehart atua também no ramo do gás.
Com quatro herdeiros, Rinehart travou uma prolongada batalha judicial com seus filhos pelo comando das empresas.
9. Savitri Jindal e família
Presidente do Grupo Jindal, a viúva Savitri Jindal, aos 73 anos, dirige a companhia do falecido marido. Dona de uma fortuna líquida estimada em US$ 29 bilhões, Savitri tem nove filhos, quatro deles a ajudam com os diversos setores da empresa dos Jindal contempla aço, energia, cimento e infraestrutura.
O patriarca da família morreu em 2005, vítima de um acidente de helicóptero. Com isso, as maiores riquezas do grupo indiano passaram a ser supervisionadas pelo filho mais melhor do casal Sajjan Jindal.
10. Abigail Johnson
Mestre em Administração de Empresas, pela Harvard Business School, e bacharel em Artes e Ciências, Abigail Johnson é herdeira da Fidelity Investments, empresa que preside desde 2016. A empresa familiar foi fundada em Boston no ano de 1946 pelo avô de Abigail, Edward Johnson II.
Mãe de dois filhos, Abigail possui cerca de 28,5% da empresa, que segundo a Forbes acumulou ativos discricionários de US$ 4,5 trilhões. Em 2018, a Fidelity lançou uma plataforma com foco em negociações por criptomoedas. Abigail ingressou na empresa da família como analista em 1988, após concluir seu MBA em Harvard.
Créditos: O Globo.