A Tesla, fabricante de carros elétricos comandada pelo bilionário Elon Musk, anunciou nesta quarta-feira (13/12) que fará um “recall” de mais de 2 milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos.
A medida será tomada depois que o principal órgão regulador de segurança automotiva do país avaliou que o sistema de direção autônoma (Autopilot) da Tesla não evita “usos indevidos previsíveis” pelos motoristas, o que aumenta o risco de acidentes.
Trata-se do segundo “recall” da Tesla apenas neste ano. Os sistemas de direção automatizada da montadora vêm recebendo uma série de críticas após dezenas de acidentes reportados, alguns fatais.
A investigação sobre a segurança dos veículos da Tesla foi encampada pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês) e durou cerca de dois anos.
“A tecnologia automatizada é muito promissora para melhorar a segurança, mas somente quando é implantada de forma responsável”, afirmou a NHTSA, em nota.
Também por meio de comunicado, a Tesla informou que deve fazer atualizações em softwares para resolver os problemas e incorporar controles de segurança adicionais ao sistema.
As ações da companhia de Elon Musk recuavam 1,5% antes do início do pregão desta quarta-feira, negociadas a US$ 233,40.
Desempenho em 2023
No terceiro trimestre de 2023, a Tesla registrou um lucro líquido de US$ 1,853 bilhão, de acordo com dados do balanço financeiro da companhia.
O resultado, que veio abaixo das estimativas do mercado, representa uma queda de 44% em relação ao mesmo período de 2022.
Ainda segundo o balanço trimestral da Tesla, a receita subiu 9% no período entre julho e setembro, também na comparação anual, para US$ 23,35 bilhões, impulsionada pelo crescimento da entrega de veículos e pela redução dos preços médios de venda.
Metrópoles