Candidato à Presidência da República por quatro vezes, o ex-ministro Ciro Gomes (foto) afirmou que “dificilmente” voltará a disputar uma eleição. Em 2022, ele registrou seu pior desempenho na disputa pelo cargo do Executivo, com apenas 3% dos votos válidos.
Em entrevista à GloboNews, o pedetista afirmou na sexta-feira, 29, estar “perdendo a crença” na democracia eleitoral.
“Eu fui desistido. Não é bem ‘eu desisti’. Quando saí de uma eleição difícil [2018], quase impossível, com 12%, eu achava que não tinha direito de desertar da expressão daquilo. Doze por cento das pessoas me davam a responsabilidade de eu dizer ‘deveria ser assim ou assado’. Quando aconteceu aquilo, do jeito que foi, não foi só 3%, mas a forma como foi. De repente, me senti asfixiado por quem lutei a vida inteira”, acrescentou.
Na entrevista, Ciro Gomes também criticou o governo Lula e disse que o petista “perdeu o pulso faz tempo”.
“Como qualquer brasileiro, consigo sentir renovado um alívio em relação ao que tínhamos. Mas, se ficarmos amarrados a essa referência trágica do passado, não vamos perceber corretamente o tamanho do problema que o Brasil tem por resolver. Essa é minha grande frustração — que, para mim, não é surpresa, lamento muito dizer, porque Lula perdeu o pulso faz tempo.”
Briga com o irmão Cid Gomes
Ciro Gomes protagoniza uma crise familiar no PDT e criou um podcast para se manter no debate público.
Na briga com o irmão, o senador Cid Gomes, sobrou até para o ministro da Educação, Camilo Santana, que foi chamado por Ciro Gomes de “maior traidor da história”. Ele se refere ao fim da aliança de décadas entre o PT e o PDT no Ceará, por causa das eleições de 2022.
Cid está prestes a se filiar ao PSB, segundo membros da cúpula do partido. Atualmente no PDT, Cid busca uma nova legenda. A filiação ao PSB deve ser oficializada no início de 2024.
Créditos: O Antagonista.