Para além do tamanho que chama a atenção, Hulk é um cachorro que impressiona pelos números. O “maior pit-bull do mundo” — eleito pelo Guinness Records — pesa 80 quilos; tem 1,8 metro quando fica sob as patas traseiras; é avaliado em 2 milhões de libras (mais de R$ 12 milhões); e seu sêmen é vendido por 30 mil euros (mais de R$ 158 mil).
Se não bastassem as elevadas cifras, Hulk é famoso nas redes sociais. Ele acumula 1,2 milhão de seguidores no Instagram e possui vídeos com mais de 11,6 milhões de visualizações. O tutor, Marlon Greenan, tem uma empresa de criação de cães de proteção em New Hampshire, nos Estados Unidos. Ele é responsável por gerenciar a disponibilidade de Hulk para reprodução — alugar o pet como reprodutor custa 50 mil euros (aproximadamente R$ 265 mil).
Guarda-costas
Acostumado a conviver com os filhos de Marlon, Hulk tem sido treinado para proteger crianças em situações de perigo. Nos vídeos compartilhados nas redes sociais, o animal aparece atuando como um grande guarda-costas, sempre com um olhar atento e cuidadoso — reação que muda quando o cachorro percebe que os pequenos correm algum perigo.
“Confiamos nos cachorros para cuidar das crianças porque eles (animais) estão com eles (filhos) desde que os meninos eram bebês – e nossos cachorros são criados adequadamente”, afirmou Marlon em entrevista ao The Sun.
O treinador pontuou que a criação dos animais precisa ser delimitada por regras. “Cerca de 90% das pessoas neste mundo não entendem que os cães precisam de estrutura, regras e limites”, comentou. Para ele, humanizar os animais é extremamente perigoso. “Você tem que ensiná-los e treiná-los e condicioná-los adequadamente”, acrescentou.
Banido no Reino Unido
Comumente chamada de “XL Bully”, a raça de Hulk é proibida no Reino Unido desde 1991 após uma série de ataques. Apesar da proibição, Marlon reconhece que os filhos e netos do seu cachorro foram exportados ilegalmente para a região. Isso porque seguidores do pit-bull nas redes sociais, que moram na localidade, afirmam ter visto um animal parecido.
“Eu nunca enviei meus cães para o Reino Unido. De jeito algum eu enviaria um pit-bull para um país onde eles são proibidos. Mas o resultado final é que você não pode impedir que raças específicas entrem na Grã-Bretanha porque sempre haverá pessoas que quebrarão as regras”, contou o tutor.
Imagem equivocada
Na entrevista, Marlon destacou que, por ser negro e dono de um cão grande, é associado, muitas vezes, a drogas e ao hip hop. “Sou negro, tenho tatuagens e possuo cachorros grandes que, para o mundo exterior, parecem agressivos, mas conheço a psicologia desses cães. Para mim, essa atitude mostra o quão pouco as pessoas entendem sobre cães. É mais provável que você seja atacado por um cachorro de sua vizinha, Suzanne, que mimou seu animal de estimação, tratou-o como um bebê e não lhe deu limites ou estrutura”.