A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que elaborou em conjunto com a primeira-dama Janja Silva uma “lista tríplice” com nomes de mulheres negras para indicar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na escolha para ocupar a vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
Indicação de Anielle e Janja
A intenção é de que um dos nomes ocupe o lugar de Rosa Weber, que se aposentou no fim de setembro. Anielle não disse quando a sugestão foi feita.
“Ela [Janja] tem sido uma parceira de caminhada nesse ponto de chegar e falar: ‘Olha, a gente tem esses nomes”, disse a ministra.
Anielle também disse que pauta o presidente sobre o assunto em “todas as oportunidades”.
“Por isso eu também trouxe a Janja. Se tem alguém que defende muito a pauta de gênero dentro do governo é ela”, afirmou.
Campanha por ministra negra
Movimentos sociais e ministros do STF têm feito campanha para que Lula escolha uma mulher negra para ocupar a cadeira desde antes da aposentadoria de Rosa.
A pressão aumentou depois que Lula demitiu a ministra dos Esportes, Ana Moser, e reduziu o número de mulheres no primeiro escalão.
Contudo, Lula chegou a afirmar que não pretende adotar o gênero ou a cor como critério para escolher quem vai assumir a vaga em aberto no Supremo.
Escolha do presidente
Quando foi questionado sobre a indicação em setembro, o presidente afirmou que “o critério não seria mais esse” e que tinha “várias pessoas na mira”.
Lula quer indicar uma pessoa com quem tenha relação e seja de sua confiança. Atualmente, os mais cotados são Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União e Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, que o presidente ainda não definiu o nome do próximo ministro do STF e que a disputa não está restrita aos dois candidatos favoritos.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, fontes do Palácio do Planalto afirmaram em conversar reservadas que o objetivo de Lula é enviar ainda este ano o nome do indicado ao Supremo para serem analisados pelo Senado.
Revista Oeste