A nova ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Daniela Teixeira, cantou a música “Evidências”, da dupla Chitãozinho e Xororó, durante a sua cerimônia de posse no tribunal, realizada na 4ª feira (23.nov.2o23). O episódio se deu durante o rito formal da fila de cumprimentos dos novos ministros.
Na ocasião, apoiadores de Daniela puxaram o verso da música e a ministra dançou e se juntou ao coro do hit sertanejo, considerada uma das músicas mais famosas da dupla. Participaram do momento o secretário-geral da OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal), Paulo Maurício Braz Siqueira, e a a Conselheira da entidade, Veranne Cristina Melo Magalhães.
Além de Daniela, outros 2 ministros tomaram posse na mesma cerimônia, Teodoro Silva Santos e José Afrânio Vilela. Enquanto Daniela cantava a música, os ministros recebiam cumprimentos e posavam para as fotos.
A sessão é um rito formal, realizado depois da solenidade que empossa os ministros. No STJ, foi realizada em um salão amplo. É comum que autoridades e amigos fiquem na fila para cumprimentar e dar parabéns aos novos magistrados.
Esta não é a 1ª vez que a música “Evidências” é cantada por ministros durante comemorações depois de serem empossados. Durante a festa de posse de Roberto Barroso como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro pegou o microfone e entoou a música. Na ocasião, os convidados que estavam na pista de dança também o acompanharam.
QUEM É DANIELA TEIXEIRA
Assim como Teodoro e Afrânio, Daniela foi indicada para assumir uma vaga no STJ pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi escolhida da lista tríplice de candidatos da OAB enviada ao presidente. A advogada foi a única mulher nas duas listas divulgadas pelo STJ para as 3 vagas abertas no tribunal.
Foi nomeada para ocupar a vaga do ministro Felix Fischer, que se aposentou no 2º semestre de 2022, e ocupará uma cadeira na 5ª Turma, na 3ª seção, especializada em direito penal.
Atualmente, Daniela é a única ministra do Centro-Oeste na Corte. Durante a cerimônia de posse, foi a indicada mais aplaudida pela plateia, que levantou e comemorou quando a magistrada foi empossada.
Para tomar posse, Daniela precisou ser sabatinada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal. Recebeu 26 votos a favor e 1 contra.
No plenário da Casa Alta, teve 68 votos a favor e 5 contra.
Antes de Daniela assumir a vaga, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu suspender o envio dos nomes aprovados pelos senadores para o STJ. Pacheco interrompeu o processo e pediu para a Advocacia do Senado analisar se houve um favorecimento da advogada.
A área jurídica do Senado apurou o fato de a Mesa Diretora da Casa ter enviado à Presidência o nome de Teixeira para a publicação e a nomeação no DOU (Diário Oficial da União) antes dos outros indicados –apesar de a aprovação no Senado ter sido dos 3 indicados na mesma sessão. O caso foi revelado pelo jornal O Globo.
A investigação foi conduzida internamente. A suspeita era de que Teixeira poderia ter eventual preferência para ocupar uma vaga no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou na escolha das turmas das quais faria parte, por exemplo.
Poder 360