O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, derrotado no segundo turno da eleição presidencial de domingo (19), está analisando um possível pedido de licença do cargo, mas não tomará nenhuma decisão até que o atual presidente, Alberto Fernández, e o eleito, Javier Milei, se reúnam, confirmaram fontes oficiais à Agência EFE.
De acordo com as pessoas consultadas, “Massa antecipou que não tomará nenhuma decisão” sobre um possível pedido de licença “até que Alberto e Milei se reúnam”.
“(Segunda-feira) ao meio-dia, Massa se reunirá com seu gabinete econômico no Ministério da Economia”, acrescentaram as fontes, que não puderam especificar se a reunião ocorrerá antes ou depois do encontro programado entre o chefe de Estado e Milei, já que os detalhes ainda não foram finalizados.
Outras fontes oficiais consultadas pela EFE confirmaram que Fernández e o presidente eleito se reunirão nesta segunda-feira (20), feriado na Argentina. Alguns veículos de imprensa locais afirmaram que o encontro ocorrerá na residência presidencial de Olivos, nos arredores de Buenos Aires.
Milei, como candidato da oposição, venceu o segundo turno das eleições com 55,69% dos votos contra o governista Sergio Massa, que recebeu 44,30%.
O libertário, líder da frente direitista A Liberdade Avança, deve assumir o cargo em 10 de dezembro.
Ao reconhecer a derrota no domingo, Massa disse que se comunicou com Milei para parabenizá-lo e que propôs a ele e ao presidente Alberto Fernández colocar em prática já no dia seguinte mecanismos “de ligação e transição da mudança democrática para que os argentinos nos próximos 19 dias não tenham dúvidas ou incertezas quanto ao funcionamento econômico, social, político e institucional normal”.
Massa afirmou que “a responsabilidade, a tarefa de dar certeza, de transmitir garantias sobre o funcionamento político, social e econômico da Argentina é responsabilidade do novo presidente”.
Por sua vez, Milei declarou em seu primeiro discurso após a vitória que o governo Fernández está “deixando uma economia destruída”, a caminho da hiperinflação, problemas no mercado de câmbio, preços relativos e dívidas.
Com informações de Gazeta do Povo e Agência EFE