O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, acusou o governo de Jair Bolsonaro de interferência política na instituição. Rodrigues disse que a instabilidade e a influência indevida prejudicaram as atividades da PF.
Ele falou em entrevista à CNN Brasil, Uma das principais questões levantadas por Rodrigues diz respeito às frequentes mudanças no comando da PF como responsável pelo “o bloqueio de ações”, prejudicando o trabalho da instituição.
Durante seu mandato como presidente, Bolsonaro fez quatro mudanças no comando da Polícia Federal.
“Eu me refiro especialmente à instabilidade. E à interferência política na nossa instituição“, disse Rodrigues.
Até o diretor da PF indicado pelo governo Lula confirma, portanto, o que disse Sergio Moro ao deixar o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Uma das mudanças foi a saída de Maurício Valeixo da direção, em meio a uma disputa entre Bolsonaro e o então ministro da Justiça, Sergio Moro.
Valeixo foi substituído por Rolando Alexandre, um nome de confiança do ex-presidente. No entanto, posteriormente, foi substituído por Paulo Maiorino, indicado por Anderson Torres, que na época ocupava o cargo de ministro da Justiça. É importante ressaltar que Alexandre Ramagem também foi cogitado para assumir a direção da PF, mas sua nomeação foi impedida pelo ministro Alexandre de Moraes, devido à sua proximidade com a família Bolsonaro.
“Nenhuma empresa, nenhuma instituição se sustenta, pode ser produtiva com tamanha alternância porque isso implica mudança de diretores, de superintendências”, afirmou à CNN Brasil o diretor-geral da PF.
O Antagonista