O anúncio de Lula de uma GLO (operação de garantia da lei e da ordem) restrita a portos e aeroportos no Rio de Janeiro e em São Paulo ocorreu cinco dias depois de o petista dizer que não faria esse tipo de operação no estado enquanto ele estivesse na Presidência.
“Essa semana, tive reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o ministro [da Defesa] José Múcio para discutir uma participação deles no Rio”, disse o presidente ao ser questionado sobre a violência na cidade durante um café da manhã com jornalistas, na última sexta, 27.
“Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e, enquanto eu for presidente, não tem GLO”, prosseguiu Lula.
O presidente ainda acrescentou: “Eu fui eleito para governar esse país e vou governar esse país. O que eu determinei é que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento nos aeroportos; a Marinha, nos portos brasileiros”.
Nesta quarta, Lula foi além do reforço no policiamento, decretando uma GLO limitada aos portos do Rio de Janeiro (RJ), Itaguaí (RJ) e Santos (SP) e aos aeroportos do Galeão (RJ) e de Guarulhos (SP).
A medida é uma resposta ao pedido de ajuda federal feito por Cláudio Castro, o governador fluminense. Segundo o governo federal, o objetivo da operação é combater o crime organizado que utiliza esses portosa e aeroportos para o tráfico de drogas.
O Antagonista