No dia 1º de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto de garantia da Lei e da Ordem em portos e aeroportos, com atuação da Marinha e da Aeronáutica. O evento contou com a presença dos comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno; e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
No entanto, o fato de o presidente Lula excluir o Exército das operações tem gerado discussões sobre o emprego das Forças Armadas no combate à criminalidade. Na semana passada, o presidente afirmou que não assinaria decretos de “garantia da lei e da ordem” (GLO) e que não deseja ter militares das Forças Armadas nas favelas “brigando com bandidos”.
Essa decisão pode agravar a visão da tropa em relação ao comandante do Exército, que já se sentem desvalorizados. Porém, o comandante Tomás Paiva tem optado por seguir as diretrizes do governo Lula.
As discussões em torno do emprego das Forças Armadas no combate à criminalidade e a exclusão do Exército das operações em portos e aeroportos tornam-se pontos importantes de debate, especialmente levando em consideração a posição do presidente Lula e as consequências para a visão da tropa.