Diante de críticas e da artilharia das redes sociais, o movimento social alegou ter sido alvo de notícias falsas e, por causa disso, decidiu retirar do ar o texto
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu apagar a nota em que declarou que “a Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima” e que “continuaria defendendo o direito legítimo dos povos de reagir contra a opressão israelense”. A publicação, feita na segunda-feira (9), omitia o nome do Hamas e não distinguia o grupo terrorista e os palestinos inocentes.
Diante de críticas e da artilharia das redes sociais, o movimento social alegou ter sido alvo de notícias falsas e, por causa disso, decidiu retirar do ar o texto. O MST, historicamente ligado ao PT, seguiu a mesma linha adotada pela esquerda de omitir o Hamas em suas declarações contra os ataques terroristas em Israel.
Ainda nesta quarta-feira (11), após dias de críticas por não citar nominalmente o Hamas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionou diretamente o grupo extremista em um novo comunicado divulgado nas redes sociais. O petista pediu a libertação de crianças pelo Hamas e intervenção humanitária na região de Gaza.
Leia a íntegra da nota deletada pelo MST:
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil mais uma vez reitera nosso apoio total e irrestrito à luta do povo Palestino pela sua autodeterminação e contra a política de apartheid implementada por Israel.
A Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos.
Gaza foi transformada pelo governo sionista de Israel em uma prisão a céu aberto! Um campo de concentração isolado do resto do mundo, permanentemente atacado e bombardeado pelo exército de Israel.
Um território de 365 km² onde vivem mais de 2 milhões de palestinas e palestinos que foram expulsos de suas casas e suas terras pelo exército e por colonos de Israel. Um dos territórios mais densamente povoados do mundo, em que as pessoas não têm a liberdade de ir e vir; são privados de comida, água, medicamentos, energia, assistência médica, entre outros direitos.
À brava Resistência Palestina em Gaza: seguiremos apoiando e defendendo o direito legítimo dos povos a reagir contra a opressão!
Ao povo de Gaza: vocês são um exemplo de resiliência para todos e todas que lutam por um mundo mais justo, onde os povos tenham o direto de definir seus próprios destinos, sem intervenções e colonizações.
Ao povo Palestino em qualquer lugar do mundo: vocês têm no Movimento Sem Terra irmãos e camaradas de luta! Não descansaremos enquanto não conquistarmos uma Palestina livre, com capital em Jerusalém e com o legítimo direito ao retorno de todos os refugiados expulsos de suas casas, terras e aldeias!
Seguiremos de mãos dadas com o povo Palestino, rompendo todas as cercas e muros que nos privam de viver e amar!
O Antagonista