O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), afirmou que o grupo terrorista Hamas terá um futuro de acordo com o que o povo palestino decidir como deve ser, mas sinalizou que pode ser também uma liderança para a reconstrução do da democracia no território.
Ministro foi perguntado a respeito de qual papel o governo Lula avaliaria que o grupo extremista deve ter na região após a guerra. #Hamas #Israel_under_attack #IsraelAttack #hamasattack #palestina #pimenta #rodaviva #paulopimenta #lula #bolsonaro #politica #mandela pic.twitter.com/JWoMweMBme
— LIBERDADE NORDESTE (@libernordeste) October 24, 2023
A fala ocorreu em uma entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, ao responder a uma pergunta sobre a avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao papel do Hamas após a guerra.
O contexto da declaração de Pimenta estava relacionado ao prefácio de um livro publicado no Brasil em março de 2023, escrito pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em que sugere que o Hamas poderia desempenhar um “papel central” na “restauração dos direitos palestinos”.
Pimenta enfatizou que o Hamas deveria ser “responsabilizado” pelos seus atos, mas também mencionou exemplos históricos de líderes, como Nelson Mandela e organizações, como o IRA, que foram inicialmente rotulados como terroristas e, mais tarde, desempenharam papéis importantes na política internacional.
Ele argumentou que a discussão sobre o papel futuro do Hamas deve ser conduzida pelo povo palestino e que eles devem ter autonomia para determinar sua forma de organização.
“já vivemos situações no mundo em que o IRA era considerado terrorista e hoje faz parte do governo do Reino Unido. Já vivemos situações em que o Nelson Mandela ficou 27 anos na cadeia acusado de terrorismo e se tornou uma das maiores lideranças, um dos maiores estadistas do século 20”, disse em registro do Poder 360.
Ele concluiu a resposta expressando a esperança de que um ambiente de paz seja alcançado, com base nos valores humanistas e no direito internacional, e manifestou o desejo de que o Brasil possa desempenhar um papel decisivo nesse processo.
“Como vão construir seu futuro, espero que seja da melhor maneira possível, dentro dos valores humanistas, do direito internacional, espero que a gente possa construir uma solução de 2 Estados, que possa existir um ambiente de paz, torço para isso e torço que o Brasil possa ter um papel decisivo para que isso efetivamente possa acontecer”, concluiu.
Gazeta do Povo