O presidente Lula e o ditador Nicolás Maduro conversaram, nesta segunda-feira, 16, por meia hora. O Palácio do Planalto não deu muitos detalhes de todos os temas abordados pelos dois.
Durante o telefonema, Lula pediu ao chavista informações sobre a disputa eleitoral do ano que vem, e como estão as tratativas com a oposição liderada pela ex-deputada María Corina Machado. O regime tornou María inelegível, por 15 anos. Ela lidera todas as pesquisas de intenção de voto.
Conforme o Executivo, o petista quis saber ainda a respeito do andamento das conversas entre Venezuela e Estados Unidos pelo fim do “embargo” norte-americano.
Lula e Maduro também concordaram em acelerar os trâmites para viabilizarem o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, que representa “alternativa inovadora aos tradicionais acordos bilaterais de investimentos”.
No encontro à distância, Lula sugeriu que o Brasil pode voltar a exportar energia elétrica da Venezuela. Ambos discutiram, na sequência, o pagamento da dívida com o Brasil, estimada em pouco mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões).
Ao término do diálogo, Maduro se pronunciou nas redes sociais. “O Brasil e a Venezuela têm um caminho claro para continuar trabalhando juntos pelo bem-estar, desenvolvimento e prosperidade do nosso povo”, escreveu o ditador, no Twitter/X.
O que é a dívida da Venezuela com o Brasil discutida por Maduro e Lula
No fim de maio deste ano, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) detalhou o saldo em aberto que a Venezuela tem para quitar com o Brasil.
De acordo o MDIC, os débitos da Venezuela com o Brasil são referentes “ao inadimplemento em exportações brasileiras de bens e serviços que contrataram o Seguro de Crédito à Exportação, lastreado no Fundo de Garantia à Exportação”.
Em sua maioria, as operações foram financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O restante, segundo MDIC, ocorreu por financiadores estrangeiros.
Revista Oeste