O ministro Alexandre de Moraes disse que os presos por tentar explodir uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado, confessaram que fizeram reconhecimento do STF para “verificar ângulo para, se fosse necessário, assassinar os ministros do Supremo Tribunal Federal”.
Durante a leitura do voto a favor da condenação do primeiro réu julgado sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, Moraes, que é relator das ações penais sobre a tentativa de golpe, fez um histórico da escalada de violência desde o segundo turno das eleições, em outubro de 2022.
O ministro lembrou do quebra-quebra no centro de Brasília durante a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 12 de dezembro, e da tentativa de explosão da bomba em um caminhão-tanque estacionado nas proximidades do aeroporto da capital do país, no dia 24 do mesmo mês.
George Washington de Oliveira e Alan Diego dos Santos Rodrigues foram presos e condenados pela 8ª Vara Criminal de Brasília pela tentativa de atentado à bomba.
No julgamento desta quarta-feira (13/9), no STF, Moraes disse que os autores do crime foram identificados, presos e confessaram que queriam explodir o caminhão-tanque próximo do aeroporto. O ministro enfatizou que, se o artefato não tivesse tido problema técnico, “centenas e centenas de pessoas” teriam morrido.
“Confessaram que iam explodir um caminhão-tanque perto do aeroporto. Se não tivesse ocorrido um erro na montagem do dispositivo, aquilo teria matado centenas e centenas de pessoas que estavam no aeroporto, porque iria explodir combustível ao lado”, pontuou.
O ministro continuou o relato, segundo o qual os presos confessaram “que fizeram todo reconhecimento próximo ao Supremo Tribunal Federal para verificar a possibilidade de dar tiros de sniper [atirador de elite] – eles eram CACs –, para verificar ângulo para, se fosse necessário, assassinar os ministros do Supremo Tribunal Federal”. “Eles próprios confessaram.”
Metrópoles