A secretária de Marina Silva, Ana Toni, recusou-se a divulgar na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, nesta terça-feira, 26, quanto ganhava, por mês, no Instituto Clima e Sociedade (ICS). Ana também negou-se a falar o valor que recebe, agora, no governo Lula.
De acordo com Ana, que atua na Secretaria de Mudança do Clima, o contracheque assinado pelo ICS será enviada, como documento sigiloso, à CPI.
Sobre as benesses proporcionadas pelo governo federal, o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) revelou que os rendimentos de Ana no ministério giram em torno de R$ 17 mil. “Estão no Portal da Transparência”, ressaltou o parlamentar.
Ao ser interpelada pelo presidente da CPI, Plínio Valério (PSDB-AM), sobre se, financeiramente, compensa estar no serviço público ou no terceiro setor, Ana disse que ganharia mais em uma ONG.
Quem é a secretária de Marina Silva
Ligada à ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a secretária de Mudança do Clima, Ana Toni, tem um currículo extenso de serviços prestados ao terceiro setor que atua na Amazônia, conforme a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Entre 1998 e 2002, ocupou o cargo de diretora da Action Aid Brasil. Ao término do mandato, mudou para a Fundação Ford Brasil, grande doadora de recursos para ONGs da Amazônia.
Em 2011, migrou para o Conselho do Greenpeace Internacional, onde permanece até 2017. Nesse ínterim, também participou do Instituto Clima e Sociedade, ONG que movimenta recursos vultosos captados no exterior e distribuído para outras organizações no país.
No ano passado, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, convidou Ana para compor a pasta. Ao mesmo tempo, Ana era do Conselho Deliberativo do Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam). Depois dessa informação ser veiculada pela CPI das ONGs, o site do Ipam tirou o nome de Ana do seu corpo de integrantes.
Revista Oeste