Em 1° de dezembro de 2016, a então Odebrecht (hoje Novonor) admitiu que “errou” e que “participou de práticas impróprios” em sua atividade empresarial. Naquele ano, a Lava Jato estava no auge e havia descoberto uma série de escândalos de corrupção que implicavam a empreiteira.
O comunicado oficial foi divulgado no mesmo dia em que executivos e ex-executivos do grupo começaram a assinar delações premiadas. Além disso, a companhia já havia firmado acordos de leniência, comprometendo-se a devolver quase R$ 7 bilhões surrupiados dos cofres públicos.
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“A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial. (…)”, diz nota da empresa. “Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética. Não admitiremos que isso se repita. Por isso, a Odebrecht pede desculpas, inclusive por não ter tomado antes esta iniciativa.”
Nesta semana, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou provas obtidas por meio de delações de executivos da Odebrecht. De acordo com o juiz do STF, os acordos firmados são “imprestáveis”. O magistrado considerou ainda a prisão de Lula “um erro histórico”.
Nota completa da Odebrecht
“A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial.
Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público.
O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos.
Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética.
Não admitiremos que isso se repita.
Por isso, a Odebrecht pede desculpas, inclusive por não ter tomado antes esta iniciativa.
Com a capacidade de gestão e entrega da Odebrecht, reconhecida pelos clientes, a competência e comprometimento dos nossos profissionais e a qualidade dos nossos produtos e serviços, definitivamente, não precisávamos ter cometido esses desvios.
A Odebrecht aprendeu várias lições com os seus erros. E está evoluindo.
Estamos comprometidos, por convicção, a virar essa página“.