Em Brusque, ex-prefeito Ari Vequi foi cassado por ter usado a estrutura da Havan na eleição de 2020; vereador que ocupava o cargo interinamente, André Vechi foi eleito neste domingo
Em abril, a prefeitura de Brusque passou por instabilidade após o ex-prefeito Ari Vequi (MDB) e o vice Gilmar Doerner (Democracia Cristã) terem sido cassados por abuso de poder econômico. A chapa usou a estrutura da loja de departamento Havan nas eleições de 2020.
Nesta mesma decisão, o empresário Luciano Hang ficou inelegível até 2028 por ter publicado vídeos em prol dos candidatos ao lado da logomarca da Havan sem que houvesse prestação de contas à Justiça Eleitoral.
O novo prefeito André Vechi estava no cargo como interino e já comandava a cidade desde a cassação. Nas redes sociais, políticos catarinenses comemoram a sua vitória e aproveitaram a ocasião para mandar recado ao PT: “Aqui não”, disse a deputada federal Júlia Zanatta.
“O candidato perdedor do PT em Brusque tinha como vice o PSDB e conseguiu trazer presencialmente o grande líder popular vice-presidente Geraldo Alckmin para ajudar na eleição”, ironizou a parlamentar do PL.
Derrotado neste domingo, Paulo Eccel conquistou o aval do governo federal. Durante a visita de Alckmin, o vice-presidente fez discurso com críticas a Bolsonaro e ressaltou a experiência do petista:
— Nós estamos resgatando o verdadeiro sentido da política. Política não é mata-mata, é a arte de servir ao povo e Paulo Eccel, que já foi prefeito eleito e reeleito, tem a arte da política e a ciência da experiência como bom administrador que foi — defendeu.
Eccel chegou a ocupar o Executivo municipal, mas teve seu mandato cassado em 2015 por ter utilizado o orçamento de publicidade institucional para fomentar sua reeleição. A decisão foi posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-prefeito foi absolvido.