Os principais canais de TV do país estão dispostos a criar o seu próprio Bolsa Família. Representantes dos veículos de comunicação estão em contato com o governo federal, liderado pelo presidente Lula (PT), para a criação de uma linha de crédito para financiar um salto tecnológico na TV.
Muito além disso, os donos das televisões querem o fim do limite de dez concessões por rede de TV e a liberação total do capital estrangeiro no setor. A pauta rende até um protesto contra as plataformas digitais, por suposto conteúdo podre e publicidade criminosa.
O interesse dos conglomerados de mídia já é de conhecimento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. A TV 3.0 é o ponto. Para 2025, a novidade vai oferecer qualidade de imagem até 8K, som imersivo e maior interatividade.
Globo, Record, SBT e Band querem ajuda de Lula na troca do digital para a TV 3.0
Segundo o Notícias da TV, as emissoras vão explorar novos negócios com a nova tecnologia, como a venda ou locação de conteúdo premium (filmes, séries, programas) e a veiculação de publicidade segmentada para cada telespectador, algo visto na internet.
Para tanto investimento, as emissoras querem que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) diga sim para linhas de crédito em condições vantajosas do que dos bancos privados. A liberação do capital estrangeiro pode ajudar.
Globo, SBT e Band são representadas pela Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV), enquanto a Record é defendida pela Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão). Recentemente, o canal de Silvio Santos teve uma reunião no Palácio do Planalto.
As partes entendem como imprescindível uma simetria entre os canais pagos e as big techs. O ministro Juscelino Filho pretende lançar uma consulta pública para atualizar a legislação de radiodifusão brasileira. A lei é de 1960.