O empresário Luciano Hang, proprietário das Lojas Havan, está entre os 40 empresários com negócios ou terrenos na Grande Florianópolis que irão pagar pelo projeto de engenharia da obra de construção de 4 quilômetros de marginais e duas rotatórias na BR-282, em Palhoça. A coluna apurou a informação, que foi confirmada pela assessoria de imprensa da Havan.
— Nós vamos ajudar a pagar o projeto — afirmou Hang, via assessoria de imprensa.
O fato é curioso, pois o empresário catarinense foi um dos principais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e, agora, irá ajudar financeiramente para a agilização de uma obra do governo Lula.
A coluna informou, nesta terça-feira (1), que a prefeitura de Palhoça promoveu uma reunião e fez uma articulação com empresários e proprietários de imóveis localizados às margens da BR-282, entre a BR-101 e o Contorno Viário da Grande Florianópolis, para que estes viabilizem o projeto de engenharia para a construção de dois quilômetros de marginais (quatro no total pois são nos dois sentidos) e duas rotatórias no município.
Nesta segunda-feira (31), o prefeito da cidade, Eduardo Freccia, recebeu 40 empresários na sede da prefeitura para apresentar uma proposta de parceria para a implantação de rotatórias e marginais nos dois lados da rodovia federal.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) dispõe de R$ 49 milhões para a realização da obra em 2023, mas não há projeto de engenharia.
Freccia credita que será possível antecipar em 12 meses a realização da obra com a parceria do setor privado, dispensando, assim, edital e licitação para contratar o projeto de engenharia.
Os empresários irão contratar diretamente uma empresa para a realização do projeto de engenharia, a um custo estimado em R$ 400 mil. Este documento será analisado pelo Dnit e precisará ser validado pelos técnicos do órgão federal. Após, será feito o edital para contratação da empresa, diretamente pelo Dnit, para executar a obra.
O trecho da BR-282 entre Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz é um grande ponto de congestionamento e estudos da PRF e Arteris sinalizam que a região ficará mais saturada, ainda, após a conclusão do Contorno da Grande Florianópolis.