Jornalista deixou o país após as eleições, temendo nova prisão ordenada pelo ministro do STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) inclua na lista vermelha de procurados pela Interpol o nome de Oswaldo Eustáquio, apoiador de Jair Bolsonaro (PL). O ofício foi anexado ao inquérito no STF que investiga atos supostamente antidemocráticos e enviado à cúpula da PF no começo deste mês de julho.
Sob investigação em dois inquéritos, Eustáquio chegou a ser preso mais de uma vez por desrespeitar decisões do Supremo. Em 12 de dezembro do ano passado, ele entrou no Palácio da Alvorada durante os atos contra a sede da Polícia Federal, em Brasília (DF). Desde então, buscou asilo político no Paraguai, concedido pelo país porque sua mãe era paraguaia. Segundo a defesa de Eustáquio, ele não é foragido pois possui endereço fixo na capital Assunção.
O jornalista Oswaldo Eustáquio entrou no Palácio do Alvorada, à época ocupado por Bolsonaro, no dia da diplomação de Lula (PT), quando manifestantes atearam fogo em veículos em Brasília. Há suspeita de que ele foi ao local para fugir da Polícia Federal. Ele nega e disse ter participado de uma reunião com humoristas que apoiavam o então presidente.