O episódio envolvendo o torcedor agredido por Neymar em 2019, após a final da Copa da França, voltou à tona alguns meses depois do arquivamento do caso.
O que aconteceu
O torcedor afirmou ter sido alvo de uma espécie de exército digital do PSG além de ter sido pressionado por duas pessoas que trabalham na equipe do brasileiro.
Todo o acontecido tinha sido arquivado em novembro do mesmo ano, mas o torcedor, Nelson Douard contou que sua identidade foi revelada voluntariamente nas redes sociais por ex-policias.
A mesma polícia me disse que um dos responsáveis por todo esse caso havia escrito para um amigo próximo do PSG: ‘E ele, soltamos aos lobos? Podemos? (…)’ Eu entendi que tinha sido espionado.
Algum tempo depois, a notícia de que o PSG havia contratado uma empresa para comandar uma espécie de exército digital, visando ‘inimigos’, veio à tona.
Em depoimento à polícia, Nelson acusou dois membros da equipe de Neymar de pressioná-lo afim de conseguir um acordo para que a história não tomasse proporções maiores.
De acordo com ele, eles propuseram um encontro diante das câmeras para selar a paz com o jogador brasileiro.
Cerca de uma semana depois da história com Neymar, dois dirigentes dele que me marcaram. (…) Filmaram-me sem o meu conhecimento e tentaram prender-me oferecendo-me um acordo financeiro.
O torcedor ainda citou uma pessoa que teria se apresentado como o braço direito do pai de Neymar.
Segundo o jornal ‘L’Équipe’, um dos dois homens enviados pelo brasileiro chama-se Alex Bernardo, responsável pela gestão da imagem do brasileiro.
O caso
Na final da Copa da França de 2019, o PSG perdeu nos pênaltis para o Stade Rennais.
Após a partida, um torcedor foi agredido por Neymar nas arquibancadas enquanto o jogador seguia para as tribunas, onde acontecia a premiação.
O brasileiro abaixou o celular do torcedor antes de dar um leve soco em seu rosto.
Identificado como Nelson Douard, o torcedor apresentou denúncia ao Ministério Público de Paris alegando ter sido alvo do ‘exército digital’ promovido pelo PSG na época.
No processo, reproduzido pelo jornal ‘L’Équipe’, o torcedor acusou o clube de “obtenção de dados particulares por meios fraudulentos ou desleais”, “violação de sigilo profissional”, “violência psicológica” e “assédio moral”.