A Polishop, varejista de eletrodomésticos e itens para casa, enfrenta uma crise financeira. A empresa está reduzindo a estrutura para equilibrar as contas.
De um ano e meio para cá, a Polishop teve de fechar dezenas de lojas deficitárias, com demissões e corte de custos. A informação é do jornal Valor Econômico. Com as medidas, a empresa tenta reorganizar a operação e ser mais rentável.
Ao fim de 2021, eram 250 unidades, e um ano depois, em dezembro passado, a rede somava 180. Atualmente, a Polishop possui 120 lojas abertas.
Ações de despejo contra a Polishop
O jornal informou nesta quarta-feira, 26, que shoppings de empresas como Multiplan, Iguatemi, Ancar, Saphyr e Aliansce Sonae BR Malls entraram com ações de despejo contra a Polishop por conta de atrasos no pagamento de aluguéis.
Levantamento realizado pelo jornal no Tribunal de Justiça de São Paulo mostra que, entre o quarto trimestre de 2022 e julho deste ano, há 30 processos em andamento de shoppings contra a Polishop, metade com solicitação de desocupação de imóvel e a outra metade para executar a dívida.
Em 25 dessas ações não há ainda acordo com o empreendimento nem decisão. O valor de aluguéis atrasados gira em torno de R$ 9,4 milhões.
O que diz a empresa?
O fundador, João Appolinário, afirmou ao Valor Econômico que a empresa passa por uma reorganização.
A rede também foi impactada por certos fatores após a pandemia que ainda afetam o negócio. Conforme o empresário, há um projeto de retomada das vendas a partir da abertura de franquias que será lançado no segundo semestre.
O empresário critica a posição de shoppings nas negociações de contratos e diz que as linhas de bancos “sumiram” após 2022, sendo que as que existem têm “taxas absurdas”, o que levou o fundador a pôr dinheiro do bolso no negócio.
Appolinário mencionou ainda o recuo da demanda após 2021 na área de produtos para casa, que não se normalizou totalmente, além de problemas na cadeia produtiva das linhas que comercializa, importadas da China.