A Polícia Federal (PF) prendeu 83 pessoas que se declaravam colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), mas que não recadastraram armas dentro do prazo estabelecido pelo governo federal, em 3 de maio. Naquele mês, foram 50 detidos e, na semana passada, mais 33.
Segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), 933 mil armas foram recadastradas dentro do prazo. As que não foram regularizadas estão ilegais, com propensão a serem apreendidas e os donos presos.
Até o momento, foram duas fases da operação Day After (dia seguinte, em tradução literal), da Polícia Federal, que é encarregada de identificar os CACs.
Na última quinta-feira (29), policiais federais cumpriram 33 prisões e apreenderam 11 armas de fogo.
A maior quantidade de prisões foi na região Sudeste. Foram seis em Minas Gerais, quatro em São Paulo e uma no Espírito Santo.
Na região Norte foram sete prisões: três no Tocantins, duas em Rondônia e duas no Pará.
As prisões são decorrentes do cumprimento de mandados de prisão por diversos crimes graves, tais como atos terroristas, homicídio, estupro, roubo, extorsão e tráfico de drogas.
As regiões Sul e Nordeste tiveram seis prisões, cada. Paraná com quatro, Rio Grande do Sul com uma, Santa Catarina com uma; Maranhão com três, Alagoas com uma, Paraíba com uma e Pernambuco com uma.
Segundo a PF, a existência de mandado de prisão quebra o requisito da idoneidade para obtenção do porte de arma de fogo, por isso estão sendo adotadas medidas de apreensão cautelar de armamentos e documentos encontrados, para posterior processo de cassação de porte ou registro de arma de fogo.
A PF também vai comunicar o Exército Brasileiro para cassação das autorizações concedidas aos CACs.
Após o término do prazo de recadastramento de armas de fogo, encerrado no último dia 3 de maio, a PF prendeu até o momento 147 CACs, proprietários de armas de fogo e vigilantes.