Cerca de 130 refugiados afegãos que estavam acampados no Aeroporto Internacional de São Paulo foram levados, na noite desta sexta-feira (30), para a Praia Grande, no litoral do estado.
As famílias afegãs já estavam de malas prontas quando receberam a notícia. O governo federal fez um convênio com o Sindicato dos Químicos de São Paulo para que os afegãos que estavam acampados no aeroporto fiquem por 30 dias em um prédio com estrutura de hotel em Praia Grande, na Baixada Santista.
Na semana passada, foram confirmados casos de sarna entre os refugiados. No novo espaço, o grupo vai receber atendimento de saúde. As autoridades disseram que estudam um plano mais a longo prazo para acolher os afegãos que chegam ao Brasil fugindo do regime de opressão do Talibã. Uma força-tarefa já foi montada.
“Nós já começamos todo um trabalho junto com uma rede de apoio em São Paulo, junto com o estado. Uma ação intersetorial, interministerial e federativa para que a gente possa construir soluções duradoras ao longo do tempo”, afirmou Paulo Illes, coordenador-geral de Política Migratória.
Na hora de ir embora, alguns afegãos contaram que sentiam alívio e felicidade. Uma mulher disse ter certeza de que o novo destino será melhor do que ficar em um canto do aeroporto.
Os afegãos foram levados de ônibus; quatro deles foram posicionados no andar do embarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. As famílias deixaram o aeroporto no início da noite desta sexta.
A prefeitura de Praia Grande disse, na noite desta sexta-feira (30), que não vai receber o grupo. A cidade diz que não tem estrutura suficiente, que os refugiados estão doentes e precisam ficar isolados. Ainda segundo a prefeitura, o local escolhido para abrigar os afegãos não tem auto de vistoria do Corpo de Bombeiros.
O Jornal Nacional entrou em contato com o Ministério da Justiça, mas não teve retorno.
Créditos: Globo.