Garimpeiros ilegais atacaram militares das Forças Armadas a tiros na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, na quinta-feira (27), durante uma operação de desintrusão. O ataque aconteceu em Waikás, na região do Uraricoera, uma das mais impactadas pelo garimpo ilegal no território.
O ataque foi informado pela assessoria da operação Ágata Fronteira Norte, das Forças Armadas. Os militares realizavam um patrulhamento a pé pela região quando encontraram um garimpo.
Na ocasião, os militares foram recebidos a tiros. Com isso, eles revidaram e os garimpeiros envolvidos fugiram para a mata. Ninguém foi preso.
No local foram apreendidos uma antena de internet, um celular e mercúrio, um metal usado por garimpeiros para separar o ouro de outros sedimentos. Além disso, foram destruídos dois barracões, um motor gerador de energia, um freezer, um fogão e um botijão de gás utilizados pelos invasores.
Após a ação, uma mulher buscou atendimento médico no polo de atendimento do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), com ferimento na perna causado por arma de fogo. A mulher deve ser transportada para Boa Vista para atendimento médico especializado e averiguações.
As Forças Armadas afirmaram que “a rendição sempre é a melhor opção quando houver abordagem pelas Forças Armadas, agências e Órgãos de Segurança Pública” e que todos “os garimpeiros ilegais que se renderam em outras ações tiveram a integridade física preservada, foram tratados com humanidade, receberam atendimento médico e ficaram sob custódia dos OSP”.
A região de Waikás é a mesma onde 11 garimpeiros foram presos no dia 12 deste mês de julho, durante a operação Ágata Fronteira Norte. Eles foram retirados do território para Boa Vista em aeronaves das Forças Armadas.
A região já tem registros de conflitos armados. Em maio, invasores ilegais atacaram a tiros equipes da PRF e Ibama durante fiscalização e quatro garimpeiros foram mortos. O ataque foi garimpo conhecido como “Ouro Mil”, em Waikás, onde há forte atuação de invasores e grupos criminosos.
Foto: Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte/Divulgação.
Fonte: G1.