Marcelo Freixo (PT), presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), afirmou em entrevista ao podcast Flow, na última quinta-feira (20), que a ex-ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), “não é miliciana”. As declarações vieram após surgirem fotos de Carneiro ao lado de Juracy Alves Prudêncio, conhecido como Jura, um ex-policial militar condenado por homicídio e apontado como líder de uma milícia na Baixada Fluminense.
Freixo destacou a necessidade de cuidado ao fazer associações baseadas em fotos e ressaltou que não mantém “nenhuma relação” com Carneiro e seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos-RJ).
O presidente da Embratur é conhecido por sua atuação no combate às milícias no Rio de Janeiro e observou que a Baixada Fluminense, região de origem política de Daniela Carneiro e seu marido, é uma área com complexidades relacionadas à presença de grupos milicianos.
“A Baixada inteira tem milícia. Tem na Câmara e na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Tem em tudo quanto é lugar”, afirmou Freixo.
Embora Waguinho e Carneiro não sejam seus aliados políticos e representem uma linha política diferente da sua, o presidente da Embratur destacou que no governo é necessário conviver com diferentes perspectivas, mas deixou claro sua posição em relação às milícias: “Eu vou conviver com a milícia? Não”.
Daniela Carneiro foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Ministério do Turismo. Durante sua gestão, ela foi alvo de polêmica por sua ligação com Juracy Alves Prudêncio, que a apoiou durante sua campanha para deputada federal em 2018.
Carneiro resistiu às críticas e permaneceu no cargo até este mês, quando foi substituída pelo deputado Celso Sabino (União-PA) a pedido de sua própria legenda.