Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal.
A Justiça de SP concedeu liberdade provisória ao estudante de quiropraxia Gabriel Valareto Vicente Silva, de 20 anos, na tarde desta sexta-feira (16/6), após audiência de custódia.
Ele foi preso, na noite dessa quinta, após ser flagrado registrando as partes íntimas de duas estudantes de medicina veterinária, com um celular, em um banheiro unissex da Universidade Anhembi Morumbi, na Mooca, zona leste paulistana.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) estipulou fiança de R$ 2.640, proibiu Gabriel de entrar no banheiro onde o crime ocorreu – caso seja permitido que ele ainda estude na universidade – além de proibi-lo de manter qualquer tipo de contato com as vítimas, “por qualquer meio de comunicação e mesmo por intermédio de terceiros”.
Ele também precisará prestar contas à Justiça, a cada dois meses, além de não se ausentar de São Paulo por mais de oito dias sem prévia comunicação.
Caso ele descumpra as determinações, irá aguardar o julgamento atrás das grades.
Intimidade violada
Uma das vítimas afirmou, em depoimento, que usava o banheiro quando percebeu que havia um celular filmando suas partes íntimas. O aparelho estava posicionado sob a divisória das cabines. Uma amiga a acompanhava no banheiro, porque a tranca da porta estava quebrada.
Ambas afirmaram terem flagrado o rapaz na cabine ao lado, com o zíper da calça aberto e “com as duas mãos cobrindo as partes íntimas.”
“Nesse momento, sua amiga ordenou que ele apagasse as imagens. Ele concordou em apagá-las e desbloqueou o celular.”
O aparelho foi tirado das mãos de Gabriel por uma terceira mulher, que chegou logo em seguida.
“Após analisados os elementos de informação colhidos, entendeu a autoridade policial estarem presentes os elementos de autoria e materialidade do crime consumado de importunação sexual e registro não autorizado da intimidade sexual”, avaliou o delegado Renato de Nova Caggiano Júnior.
Defesa
A advogada Camila Casco afirmou ao Metrópoles, no início da tarde desta sexta-feira, que irá se manifestar no decorrer do processo.
“O celular de Gabriel encontra-se apreendido e passará por perícia. Somente após a conclusão do inquérito e perícia poderei informar o posicionamento da defesa”, acrescentou.
A assessoria de imprensa da universidade foi procurada, por telefone e mensagens, mas não se posicionou. O espaço segue aberto.
Créditos: Metrópoles.