Foto: Reprodução/ PT.
O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais, Celso Amorim, visitou a cidade de Bucha durante sua viagem à Ucrânia, na quarta-feira 11. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Amorim minimizou as vítimas da guerra.
A cidade, localizada a 30 quilômetros da capital, Kiev, foi palco de um massacre conduzido por tropas russas, que mataram mais de 400 civis em março de 2022. Amorim disse que visitou uma exposição fotográfica dentro de uma igreja, a qual expõe a destruição em Bucha. Ele conversou com o pároco local por cerca de 15 minutos.
No entanto, apesar das provas visuais, Amorim minimizou a gravidade dos ataques por se tratar de fotos. Ele duvidou da veracidade das imagens.
“Obviamente, somos contra as atrocidades e contra as mortes em qualquer lugar que ocorram”, disse o assessor de Lula. “São imagens fortes, não vou entrar em detalhes. Mas não dá para tirar conclusões totalmente, são fotos.”
A Ucrânia encaminhou provas documentais das mortes ao Tribunal Penal Internacional (TPI), enquanto a Rússia nega a agressão.
Ao retornar para Kiev, o assessor conversou por uma hora e quinze minutos com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em um local não revelado.
Amorim disse ter proposto ao líder ucraniano um processo diplomático. A ideia é que Kiev e Moscou se reúnam em uma cidade e estabeleçam contato por meio de intermediários não alinhados a nenhum deles.
Assessor tenta limpar imagem de Lula
A viagem de Amorim à Ucrânia foi uma tentativa de “limpar” a imagem do presidente Lula. O petista causou controvérsia ao culpar os ucranianos pela guerra iniciada pela Rússia, em fevereiro do ano passado.
Durante viagem aos Emirados Árabes Unidos, em abril, Lula afirmou que “a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra. Porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”.
Créditos: Revista Oeste.