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Cuba não vai realizar o tradicional desfile anual do Dia Internacional do Trabalhador na Praça da Revolução, nesta segunda-feira (1º/5), devido à crise de combustíveis que vem afetando o país há várias semanas, anunciaram fontes sindicais.
A marcha do Dia do Trabalhador costuma ser um evento grande na capital, que envolve a mobilização de ônibus cheios de pessoas de toda a cidade em direção à emblemática Praça de Revolução, o ponto mais alto e central de Havana.
Em vez disso, este ano serão realizados eventos menores em comunidades, centros de trabalho e escolas durante vários dias, e desfiles nos municípios do país. O evento principal ocorrerá na esplanada Malecón, em Havana, para onde serão convocados os moradores do centro da capital que puderem ir a pé.
“A situação dos combustíveis determina a modificação anunciada”, disse Ulises Guilarte, secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), o único sindicato cubano, de acordo com a imprensa oficial.
Essa é a primeira vez desde a revolução cubana, em 1959, que o desfile de primeiro de maio é suspenso por motivos econômicos. Em 2020 e 2021, a celebração foi cancelada por causa da pandemia de covid-19.
No ano passado, a maré humana se estendeu pelos quase cinco quilômetros que separam o calçadão da Praça da Revolução, onde a mais alta liderança comunista saudou os manifestantes de uma sacada do Palácio da Revolução.
“Trata-se de substituir aquela grande mobilização que fizemos com os meios de transporte, pela participação do povo em atos” nas comunidades e nos centros de trabalho e estudantil por toda a ilha”, disse Guilarte, que complementou dizendo que os atos serão “para denunciar os obstáculos aos programas de desenvolvimento devido ao férreo bloqueio econômico” dos EUA a Cuba.
Créditos: Tribuna do Sertão.