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Uma mulher trans foi vítima de agressões físicas após retornar da Delegacia da Mulher, em João Pessoa. Ela já havia denunciado o crime que voltou a ser vítima, no fim da noite desta terça-feira (28), na capital paraibana. De acordo com a denunciante, o próprio irmão é o suspeito das agressões.
Conforme apuração da Polícia Civil, a vítima encaminhou-se à Central de Polícia ainda durante a tarde e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.). Na ocasião, foi deferida uma medida protetiva à jovem, de 27 anos, que retornou à comunidade onde mora – o local não foi informado. No entanto, ao chegar perto de casa, a mulher encontrou o irmão. Segundo o relato, ele se reuniu com outras pessoas e voltou a agredi-la. Ela, por sua vez, retornou à Central de Polícia para pedir ajuda.
No posto da Polícia Civil, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas e prestaram atendimento encaminhando-a ao Hospital de Emergência e Trauma para realização de cuidados intensivos. A mulher teve alta médica durante a madrugada, informou a assessoria de comunicação. Até a publicação desta matéria não havia detalhes sobre o destino e local de acolhimento da vítima.
Ainda segundo a polícia, após os trâmites necessários o caso deve ser encaminhado para investigações pela Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa de João Pessoa, que tem o delegado Marcelo Falcone à frente.
Crime de transfobia
Conforme decisão do Superior Tribunal Federal (STF) homofobia e transfobia são enquadrados como crime de racismo. A pena prevista para agressores é de um a três anos, podendo chegar a cinco anos nos casos mais graves.
Na Paraíba, o Disque 123, serviço que o Governo do Estado mantém por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), recebe denúncias sobre crimes relacionados à homofobia.
Créditos: Portal T5.