Foto: Peter Nicholls/Reuters.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, demitiu o presidente do Partido Conservador, Nadhim Zahawi, neste domingo (29), por “uma violação grave do código ministerial” decorrente de falta de transparência fiscal. A conclusão é fruto de uma investigação independente, iniciada na última semana, para apurar suspeitas de irregularidades financeiras.
“Como resultado, eu o informei de minha decisão de removê-lo de sua posição no governo de Sua Majestade”, escreveu Sunak em uma carta.
Com a chegada de Sunak a Downing Street, em outubro, Zahawi se tornou líder do Partido Conservador e ministro sem pasta no gabinete do premiê. Investigado pelo HMRC, órgão tributário britânico, no ano passado, Zahawi alega que a conclusão do inquérito o apontou como “descuidado” com suas declarações, mas não que não houve erro deliberado para pagar menos impostos. Ele quitou despesas retroativas e multas ao HMRC, para regularizar a situação, em um montante total de 4,8 milhões de libras (R$ 30,1 milhões), segundo o jornal The Guardian.
O acordo com o fisco se refere à venda de uma participação de Zahawi no instituto de pesquisas YouGov, que fundou em 2000 e é avaliado em 27 milhões de libras (R$ 169,3 milhões), para uma empresa de investimentos. O caso ocorreu enquanto ele era ministro das Finanças de Boris Johnson, em 2022.
Em um primeiro momento, o primeiro-ministro apoiou Zahawi. Após a repercussão, porém, autorizou a abertura de uma investigação independente, na segunda-feira (23). A acusação contra Zahawi é a quebra do código de ética ministerial por não incluir o pagamento da dívida em sua declaração de interesses, nem ter informado Sunak e sua antecessora, Liz Truss, sobre o imbróglio.
Créditos: Gazeta do Povo.