Nesta semana, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, havia dito que a intenção do governo eleito era dispersar as manifestações
Foto: Wallace Martins/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo
A Polícia Militar do Distrito Federal foi mobilizada na manhã desta quinta-feira, 29, para uma operação de retirada do acampamento em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. No entanto, de acordo com relatos de manifestantes locais, oficiais das Forças Armadas impediram a remoção.
Além disso, também teria havido uma reação dos manifestantes em relação à informação da desmobilização do acampamento. Depois do ocorrido, a estrutura da Polícia Militar que havia sido colocada à disposição foi desmobilizada.
As viaturas foram para outros lugares e não chegaram a se deslocar para o local do acampamento.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, confirmou a operação de hoje — que veio a ser cancelada. “Haverá uma ação de retirada de estrutura sob coordenação do Exército”, afirmou o secretário, em entrevista concedida à CNN Brasil.
Três veículos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, policiais militares de motos, um carro do Detran-DF e três automóveis da Secretaria de Proteção à Ordem Urbanística passaram pela área e fizeram uma ronda em frente ao QG.
O clima entre os manifestantes ficou tenso diante da possibilidade de um embate. Com isso, o Exército interveio e solicitou a interrupção da operação.
Os manifestantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão em frente ao quartel do Exército desde o fim do segundo turno das eleições, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi declarado vencedor do pleito eleitoral pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Revista Oeste