Ex-governador do Rio de Janeiro é o último dos condenados na Lava Jato que ainda cumpria pena em regime fechado
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou nesta segunda-feira, 19, a expedição do alvará de soltura de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro. Resta apenas a resolução dessa pendência para o político deixar o presídio de Bangu.
“O acusado fica advertido dos termos e das condições impostas para o cumprimento da pena em regime domiciliar, principalmente, que deverá permanecer recolhido em prisão domiciliar pelo período integral nos dias úteis, finais de semana e feriados”, escreveu a juíza.
Gabriela pediu que a defesa de Cabral informe com urgência o endereço residencial onde o ex-governador pretende ficar. Ele terá de usar tornozeleira eletrônica, e o aparelho deverá ser custeado pelo próprio político.
“A defesa ressalta que o ex-governador respeitará todas as determinações estabelecidas pela Justiça e que, neste momento, Cabra não se manifestará à imprensa, pois seu maior desejo é estar na companhia de sua família”, informaram os advogados.
Fora da cadeia
Na sexta-feira 16, o Supremo Tribunal Federal revogou a prisão de Cabral. O placar do julgamento estava empatado em 2 a 2, e o voto decisivo coube ao ministro Gilmar Mendes.
O político estava preso havia seis anos e era o último dos condenados na Operação Lava Jato que ainda cumpria pena em regime fechado. Ele foi condenado em 23 ações penais, que acumulam mais de 400 anos de prisão. A principal acusação é que chefiava uma quadrilha que fraudou centenas de licitações públicas no Rio de Janeiro.
Revista Oeste