Aliados do ex-presidente afirmaram à Oeste que o recuo se deu depois de forte pressão familiar, que não queria apoio a Bolsonaro
O ex- presidente da República Michel Temer recuou de declarar apoio no segundo turno das eleições à Presidência. Por meio de uma nota oficial, Temer afirmou que irá defender o candidato que estiver do lado da democracia e manter as reformas iniciadas em seu governo.
“Estou há alguns dias em Londres cumprindo agenda de palestras. Acompanhando o noticiário sobre as eleições de 2º turno e em resposta a todos que tem me procurado, esclareço que aplaudirei a candidatura que defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.
Michel Temer era dado como uma apoio certo ao presidente da República Jair Bolsonaro, candidato à reeleição. Aliados do ex-presidente afirmaram à Oeste que o recuo se deu depois de forte pressão familiar, sobretudo das filhas do ex-presidente, que não queriam que Temer apoiasse Bolsonaro.
Temer retorna ao Brasil no domingo, quando se encontraria com Bolsonaro para declarar voto. Além do pedido feito pelas filhas para que não declarasse voto ao presidente, juristas que conhecem Temer também alegaram que o fato de o ex-presidente ter sido o responsável pela indicação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF) também pesou na decisão.
Moraes, que é presidente atual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é um dos principais críticos de Bolsonaro. O presidente o tem como seu inimigo declarado, a quem, inclusive, já pediu o processo de impeachment, Na análise de juristas ouvidos pela Oeste, seria um tanto “constrangedor” da parte de Temer apoiar Bolsonaro sendo ele próximo de Moraes.
Leia a manifestação de Temer
Estou há alguns dias em Londres cumprindo agenda de palestras. Acompanhando o noticiário sobre as eleições de 2o turno e em resposta a todos que tem me procurado, esclareço que aplaudirei a candidatura que defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país.
Michel Temer