Nesta segunda-feira (29), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) concedeu liberdade provisória aos dois jovens detidos em flagrante no domingo (28) sob suspeita de agredirem membros do MBL (Movimento Brasil Livre). Victor Gabriel e Rogério Silva, ambos com 22 e 27 anos, respectivamente, serão monitorados por meio de tornozeleira eletrônica.
O incidente ocorreu na Avenida Paulista, em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), enquanto os voluntários do MBL, Felipe Bezian Zeni, de 33 anos, e Vinicius Marzo Almeida da Silva, de 39 anos, coletavam assinaturas para a criação de um novo partido intitulado “Missão”.
Na ocasião, quatro homens inicialmente demonstraram interesse no tema, se aproximando das vítimas. Posteriormente, revelaram suas verdadeiras intenções, agredindo Felipe e Vinicius.
Os agressores primeiro falaram que queriam assinar as fichas, nosso militante perguntou se eles já conheciam o partido, então eles disseram que sim, que é um partido de “fascistas” e começaram as agressões. Por sorte a Polícia Militar chegou rápido e prendeu dois deles – relatou o MBL, em nota.
Durante a revista em Victor e Rogério, as autoridades encontraram uma faca no bolso de um deles, além de um soco-inglês e spray de pimenta com o outro. Eles responderão por tentativa de homicídio e associação criminosa.
Os voluntários do MBL foram encaminhados à UPA Vergueiro, onde receberam atendimento médico devido a ferimentos no braço e rosto.
Os advogados de Victor e Rogério, em nota ao portal G1, informaram que a Justiça concedeu liberdade provisória por entender que não havia fundamento para converter a prisão em flagrante em prisão preventiva. A defesa afirmou que os devidos esclarecimentos serão prestados nos autos do processo.
Além da tornozeleira eletrônica, o TJSP impôs outras medidas cautelares, como proibição de ausência da Comarca de residência por mais de oito dias sem aviso prévio, comparecimento mensal ao tribunal para informar suas atividades e permanência em casa nos horários e dias em que não estiverem trabalhando.
O MBL anunciou que recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Vamos acionar o TSE para que ajude na investigação contra esses criminosos. Trata-se de um evidente ataque à democracia, de violência para intimidar militantes e inibir a criação de um partido político. É intolerável que façam associação criminosa e tentativa de homicídio para calar adversários políticos. Não é a primeira vez, é sistemática a violência contra membros do MBL – afirmou o movimento.
Com informações Pleno News