Foto: Reprodução/O Tempo.
Ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saíram em defesa de José Genoino, ex-presidente do PT, após ele sugerir um boicote a empresas de judeus durante um evento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em São Paulo no último sábado (27.jan.2024).
Durante o evento, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, expressou “homenagem e solidariedade” a Genoino e a Breno Altman, destacando a suposta “perseguição” que ambos sofrem por defenderem “a causa justa” do povo palestino. Altman, fundador do site Opera Mundi, enfrenta uma ação no TJ-SP que busca a remoção de conteúdos críticos a Israel de suas redes sociais.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, também manifestou solidariedade a Genoino e Altman, associando a perseguição ao apoio que deram ao povo palestino diante do conflito com Israel.
Ao abordar a reforma agrária, tema central do MST, Teixeira afirmou a intenção de enfrentar as dificuldades históricas do Brasil nesse contexto e expressou pressa na implementação da política de reestruturação fundiária.
O evento, que celebrava os 40 anos do MST, contou com a presença de ministros como Paulo Teixeira, Luiz Marinho, Silvio Almeida e Márcio Macêdo, além de outros políticos, como Eduardo Suplicy, Sâmia Bomfim e José Dirceu. Notavelmente ausente, Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu.
Genoino, em uma entrevista ao DCM TV, havia mencionado a ideia de um boicote “por motivos políticos que ferem interesses econômicos” a empresas de judeus, sugerindo cortar relações comerciais de segurança e defesa com Israel. Essas declarações provocaram repúdio de entidades israelitas, com a Conib classificando a fala como “antissemita” e a Fisesp alegando que as palavras “flertam com o nazismo e o racismo”.
Créditos: Poder 360.