Os Estados Unidos estão considerando restabelecer sanções contra a Venezuela, de acordo com O Antagonista, em resposta à ratificação da inabilitação política da líder da oposição María Corina Machado pelo Supremo Tribunal bolivariano. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, expressou preocupação, destacando que a decisão contradiz os compromissos assumidos por Nicolás Maduro de organizar eleições presidenciais justas em 2024.
Em outubro, os EUA haviam flexibilizado as sanções, permitindo transações envolvendo petróleo, gás e ouro, em troca de um acordo assinado por Maduro com representantes da oposição para a realização de eleições livres.
“A decisão [contra María Corina] é muito preocupante e contradiz os compromissos assumidos por Maduro e seus representantes no âmbito do acordo de Barbados, que fixava um caminho eleitoral e permitia que todos os partidos escolhessem seus candidatos para a eleição presidencial”, afirmou Miller.
María Corina Machado, vencedora das primárias em outubro de 2023, teve sua inabilitação política ratificada pelo tribunal alinhado a Maduro. A líder da oposição critica a oposição tradicional a Maduro e seu partido, Vem Venezuela, não faz parte da coalizão Plataforma Unitária que está em negociação com o chavismo em Barbados. Sua trajetória política inclui críticas ao regime de Maduro e à oposição, sendo alvo de inabilitações políticas desde seu mandato como deputada em 2014.
Essas medidas foram tomadas em resposta a uma série de casos de inabilitações políticas ocorridas nos últimos anos, e a decisão da Venezuela levou os EUA a reconsiderarem as sanções, anteriormente aliviadas em outubro de 2023.