foto: Reprodução
Kim Keon Hee foi filmada recebendo uma bolsa Dior avaliada agora em US$ 2.250, mas nega as acusações
O recente escândalo envolvendo a primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, e uma bolsa Dior, tem potencial de tirar ainda mais votos do partido do presidente Yoon Suk Yeol nas próximas eleições.
O vídeo, mostrando Kim recebendo a bolsa sob circunstâncias ainda não explicadas de maneira convincente, foi gravado secretamente por Choi Jae-young, um pastor coreano-americano, e divulgado pelo canal de mídia Voice of Seoul News em novembro.
Han Dong-hoon, líder interino do PPP, partido do presidente e protegido de Yoon, expressou preocupações públicas sobre o caso, e mais tarde, rejeitou um pedido do gabinete do presidente para renunciar. Pesquisas de opinião indicam que 70% dos sul-coreanos desejam que Yoon aborde a questão.
O vídeo mostra Choi comprando a bolsa Dior e entregando-a a Kim em seu escritório. A primeira-dama respondeu: “Não continue fazendo isso” e “Nunca compre algo tão caro”. O escritório do presidente confirmou o recebimento da bolsa, alegando que está sendo gerenciada como propriedade do governo.
A lei anti-corrupção da Coreia do Sul proíbe funcionários públicos e seus cônjuges de receberem presentes acima de 1 milhão de won ($750) por ocasião ou 3 milhões de won por ano. A bolsa foi recentemente avaliada em US$ 2.250. Choi, que gravou o vídeo com uma câmera escondida, admitiu ter planejado a troca para expor o suposto abuso de poder de Kim. Defensores do PPP sugerem que a primeira-dama foi vítima de uma armadilha.
A primeira-dama Kim Keon Hee encontra-se no centro de múltiplas controvérsias que envolvem tráfico de influência, e a percepção pública sobre sua conduta pode ter implicações significativas para o futuro político do presidente Yoon Suk Yeol e o Partido do Poder Popular (PPP). No país, ela foi apelidada de “Maria Antonieta” por conta dos escândalos.
Para o Brasil, cada vez mais encantado com o K-Pop e as séries sul-coreanas, um escândalo nacional por causa de uma bolsa pode, curiosamente, causar ainda mais admiração e espanto. No último ranking de corrupção publicado pela Transparência Internacional em 2022, a Coreia do Sul aparece na 31a posição como o menos corrupto do mundo, enquanto o Brasil amargou a 94a posição entre 180 países analisados.
O Antagonista