Foto: Reprodução Redes Sociais
Uma pessoa morreu e outras sete passaram mal após participarem de uma comemoração da empresa que trabalham em Patrocínio (MG)
Uma confraternização de uma empresa de agronegócio em Patrocínio, cidade do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, terminou com uma morte e seis internações por intoxicação alimentar. O fato aconteceu no último sábado (13), em uma chácara na zona rural da cidade de 90 mil habitantes. Cinco vítimas continuam no hospital. Eles comemoravam o fechamento do ano de 2023.
Veja o que se sabe sobre o assunto:
Quem são as vítimas e qual o estado de saúde delas?
Ao todo, sete pessoas que estavam na festa passaram mal, uma morreu e cinco continuam internadas.
O vendedor Wagner Orlandeli Martin, de 37 anos, não resistiu após uma parada cardiorespiratória causada pela intoxicação. Outros cinco moradores da cidade, incluindo o dono da empresa, o pai dele e funcionários, continuam internados. Uma pessoa recebeu alta no domingo.
Olavo Veloso, dono da empresa, foi transferido em estado grave, nesta segunda-feira (15), para Belo Horizonte. Ele está na UTI (Unidade de Tratamente Intensivo) do Hospital João XXIII, na região leste da capital mineira.
O estado de saúde das outras vítimas, que permanecem internadas na Santa Casa de Patrocínio são:
- Um paciente na UTI em ventilação mecânica, estável
- Três pacientes estão internados na enfermaria, sendo que dois deles receberam alta da UTI nessa terça-feira (15). Todos os 3 passam bem .
O que eles comeram?
A festa, que reuniu cerca de 12 convidados, tinha carne assada, petiscos e chopp. Os alimentos foram comprados pelos próprios participantes da confraternização e preparados por um churrasqueiro. Sete pessoas sofreram intoxicação alimentar e passaram mal.
Todas as pessoas que foram hospitalizadas sentiram mal estar, enjoo e vômito.
Quanto tempo durou a confraternização?
A festa começou na noite de sexta-feira (12) e durou até a madrugada de sábado (13). A primeira pessoa que começou a passar mal, por volta de 05h, foi o vendedor Wagner Orlandeli, que acabou morrendo.
O que se sabe sobre a morte de Wagner?
O funcionário de 37 anos passou mal durante toda a madrugada da festa e teve uma crise convulsiva dentro do banheiro da chácara em que a confraternização acontecia.
Luiz Eduardo Salomão, secretário de Saúde de Patrocínio, afirmou que Wagner foi atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ) quando já estava em parada cardiorespisratória. Procedimentos de reanimação foram feitos, mas não deram resultado.
O que pode ter causado a intoxicação?
Ainda não se pode afirmar as causas da morte de Wagner e da internação das outras vítimas. Os alimentos e bebidas da festa foram recolhidos e serão analisados em Belo Horizonte para descobrir a possível causa da intoxicação. Todos os convidados da festa, incluindo aqueles que não passaram mal, fizeram exames laboratoriais.
Em nota, a empresa 4 Folhas lamentou a morte de Wagner e afirmou que vai colaborar com as investigações:
“A empresa, consternada com as ocorrências noticiadas, manifesta profundo pesar com a tragédia ocorrida e, em particular, aos familiares e amigos do Sr. WAGNER MARTIN ORLANDELLI, a quem expressa solidariedade e condolências pela irreparável perda. Além disso informa total assistência aos colaboradores e que contribui com as investigações em curso.”
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso.
Veja nota enviada à reportagem do portal O TEMPO na íntegra:
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que deslocou a perícia oficial ao local da confraternização ocorrida para realizar os trabalhos de praxe e recolher amostras de alimentos consumidos pelos participantes.
A PCMG instaurou inquérito policial para apurar o fato, inclusive com procedimento de oitivas de participantes, organizadores e trabalhadores do evento, para verificação do ocorrido e apuração de eventuais responsabilidades.
As seis vítimas foram direcionadas para atendimento médico, sendo que um homem, de 37 anos, foi a óbito. Na ocasião, o corpo foi encaminhado ao Posto Médico-Legal para ser submetido a exames e a Polícia Civil aguarda a conclusão de laudos periciais para atestar as circunstâncias e a causa da morte.
Os trabalhos prosseguem a cargo da Delegacia de Polícia Civil em Patrocínio.
O Tempo