A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, 60 anos. Ele é acusado da morte de seu companheiro, o belga Walter Henri Maximilien Biot, 52 anos, em 5 de agosto, na cobertura onde eles moravam, em Ipanema.
A decisão é do juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio, que determinou ainda a inclusão do nome do cônsul na lista de foragidos da Interpol, em razão de o acusado ter embarcado no domingo 28 para a Alemanha.
O MP denunciou Hahn por homicídio qualificado por motivo torpe, que seria o “sentimento de posse” em relação ao companheiro, uso de meio cruel, consistente no severo espancamento e dificultando a defesa da vítima.
Depois de ter a prisão relaxada, em razão de um habeas corpus obtido na quinta-feira 25, o cônsul embarcou para a Alemanha. Assim, o juiz determinou a expedição de ofício à Polícia Federal, comunicando a existência de mandado de prisão contra ele, para inclui-lo no banco internacional de procurados e foragidos da Interpol.