Foto: Marcello Casal Jr Agência Brasil
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) e dão da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)
O índice de inadimplência no Brasil fechou o ano passado no maior patamar da série histórica. No país, 29,5% das pessoas não conseguem honrar as contas.
Desse grupo, 41,2% afirmam não ter condições de pagar dívidas atrasadas, quatro pontos percentuais a mais do que em 2022.
A maior parte dos inadimplentes (46,2%) está com atraso superior a três meses (3,2 pontos percentuais acima do ano anterior).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) e dão da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Já o endividamento registrou uma ligeira queda em 2023, ficando em 77,8%. Na prática, o recuo de 0,1 ponto percentual em relação a 2022.
Com isso, segundo a pesquisa, há 108 mil envidados a menos no país. Foi a primeira vez que o endividamento recuou desde 2019.
“A Peic mostrou que, pela primeira vez em 10 anos, as famílias brasileiras terminaram o ano menos endividadas do que começaram”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em comunicado.
Para Tadros, as melhorias no mercado de trabalho ao longo do ano e a queda dos juros básicos da economia influenciaram as condições de crédito ao consumidor, o que resultou na redução do indicador.
Inflação na meta
Importante indicado para o poder de compra, a inflação trouxe boas notícias nesta quinta-feira.
O Brasil teve uma inflação acumulada de 4,62% em 2023. O resultado vem dentro do intervalo da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
É a primeira vez que a meta foi cumprida desde 2020. Em 2021 e 2022, o índice superou o teto da meta.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).