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O mundo das varejistas é muito volátil e muda a todo momento, por isso que Carrefour, Pão de Açúcar e as grandes lojas estão a todo momento mudando.
Hoje nós vamos falar sobre a venda de 5 grandes varejistas, que tiveram fim decretado por inúmeros motivos e vocês sequer sabiam, duas delas foram engolidas pelo Carrefour e Pão de Açúcar.
O QUE ACONTECEU COM A MESBLA?
De acordo com informações do Exame, a Mesbla foi líder de departamento por décadas. Inaugurada em 1912 no Rio de Janeiro, a rede foi, pelo menos nas primeiras décadas do século passado, a maior varejista do país.
No seu auge, por volta dos anos 1980, chegou a ter 180 pontos de venda e depósitos pelo país, com lojas icônicas e enormes.
No início dos anos 1990, porém, a popularização de varejistas especializadas, que vendiam produtos mais nichados, fez com que o setor de grandes magazines estremecesse.
Em 1995, a Mesbla entrou em concordata, que era o instrumento de recuperação existente à época, hoje atualizado para recuperação judicial. Na época, o processo envolveu 930 milhões de reais em dívidas com o fisco, Estados, União e com quase 2.000 fornecedores.
O processo durou dois anos. Em 1997, foi vendida ao empresário Ricardo Mansur, que tentou dar sobrevida à empresa, focando na queda dos preços e focando em classes mais baixas. Mas não deu certo. A empresa faliu em 1999.
E o Mappin?
Um ano depois da Mesbla nascer no Rio de Janeiro, nascia em São Paulo sua principal concorrente, a Mappin. A marca virou uma referência no varejo brasileiro durante praticamente todo o século 20 e trouxe várias novidades para o mercado brasileiro. Foi dela, por exemplo, as primeiras lojas com vitrines de vidro na fachada.
Os problemas financeiros, porém, seguiram um ritmo parecido ao da rival. No início dos anos 1990, a empresa comprou a Sears, outra importante rede da época. O crescimento, porém, maior do que esperado, produziu um descontrole contábil interno. Em 1995, alegou um prejuízo de quase 20 milhões de reais. A empresa faliu em 99.
O que aconteceu com a Arapuã?
Outra loja que bombava muito nos anos 1970 e 1980 era a Lojas Arapuã, uma das maiores redes de varejo do país. A empresa chegou a ter mais de 220 lojas espalhadas pelo Brasil, vendendo, majoritariamente, eletrodomésticos.
O negócio, porém, sofria de um dos males que até hoje acometem as grandes empresas de varejo: a alta inadimplência de vendas a prazo. Com isso, as dívidas chegaram a ultrapassar 1 bilhão de reais.
De lá para cá, entrou num imbróglio judicial que se arrastou por 22 anos. Em julho de 2002, a Justiça decidiu em primeira instância decretar a falência da Arapuã.
A empresa reverteu a decisão até chegar ao STJ em 2009. Lá, o Superior Tribunal de Justiça decidiu por decretar a falência da empresa. Mas entre a decisão e a promulgação do acórdão, a Arapuã entrou em recuperação judicial.
Credores recorreram e o STJ voltou a julgar o caso somente em 2020, quando decretou, novamente, a falência da empresa.
O que aconteceu com a Ultralar?
A Ultralar nasceu em 1956 como um braço da Empresa Brasileira de Gás a Domicílio — que depois se chamou Ultragás, uma das principais distribuidoras de gás do país. A ideia inicial da loja era vender fogões a gás e incentivar esse tipo de produto no Brasil, para valorizar, por vez, a venda de botijões.
A operação ganhou escala e passou a vender outros tipos de produto, se tornando uma das principais varejistas do país, listada em Bolsa. O crescimento foi tanto que, em 1974, a empresa abriu seu primeiro hipermercado, o Ultracenter Ultralar, depois vendido ao Carrefour.
E a Jumbo Eletro?
Outra varejista de sucesso na década passada era a Eletroradiobraz, que nasceu nos anos 1940 no Brás, em São Paulo. Ela começou consertando rádios e pequenos eletrodomésticos, mas com o passar do tempo, passou a vender novos produtos. Com isso, abriu, no mesmo endereço, uma enorme loja de departamentos de sete andares, no mesmo endereço em que consertava rádios.
Nos anos seguintes, resolveu apostar, também, no ramo de supermercados. Em 1971, abriu seu primeiro hipermercado na bairro da Água Branca, em São Paulo. Cinco anos depois, enfrentando problemas administrativos e financeiros, vendeu as operações para o Grupo Pão de Açúcar.