O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) deu voz de prisão a 4 policiais militares durante uma abordagem do policiamento especializado da PM-AM (Polícia Militar do Amazonas) na zona leste de Manaus. O congressista diz que a ação dos militares foi “truculenta”. O caso aconteceu na noite da última 5ª feira (4.jan.2024).
Segundo a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas), a abordagem se deu no âmbito de uma “operação contínua das forças de segurança para a redução de índices criminais no Estado”. A corregedoria-geral do órgão acompanha o caso. Também foi aberto um inquérito policial para investigar a acusação.
Em nota oficial, a SSP-AM informou que “o carro em que o deputado estava, dirigido pela namorada do parlamentar, trafegava com as luzes apagadas, janelas em insulfilme 100% e realizando a troca de faixa de forma desordenada, o que chamou a atenção de uma viatura que patrulhava a área”.
A secretaria disse que os militares deram sinais luminosos e sonoros para que o congressista e sua mulher parassem o veículo, o que teria sido ignorado. “Nesse momento o deputado desembarcou do carro e passou a questionar e reprovar a atuação dos agentes, alegando que não poderia ser abordado daquela forma”, declarou.
Ainda de acordo com o órgão, Amom Mandel não teria aceitado “as justificativas apresentadas para a abordagem” e decidiu dar voz de prisão aos militares por “suposto abuso de autoridade”.
O congressista teria ligado para o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Vinicius Almeida, para questionar a abordagem dos policiais.
“Nem mesmo a chegada do subcomandante geral da Polícia Militar e do próprio secretário de Segurança amenizou a situação e, atendendo ao pedido do deputado, os envolvidos foram encaminhados à uma delegacia, onde foram ouvidos pela delegada de plantão, que não encontrou elementos para prender em flagrante os policiais”, declarou a SSP-AM, em nota.
TRUCULÊNCIA
Em nota oficial, o deputado Amom Mandel disse que deu voz de prisão aos policiais pela abordagem “truculenta”. Declarou que os militares apontaram uma arma de fogo contra o rosto da sua mulher.
O congressista falou que “questionou os motivos para estarem apontando a arma para o rosto da namorada, os policiais disseram: assim é a abordagem da Rocam”.
Ele também negou que o veículo estava trocando de faixa de “forma desordenada”, conforme relatado pela SSP-AM em nota.
“A via na qual a esposa de Amom estava dirigindo está em obras, o que significa que só está com uma pista aberta, então não teria como ela trocar de faixa continuamente”, afirmou.
Amom ainda relatou que passou a “sofrer ameaças e intimidações nas últimas semanas por causa de uma denúncia à Polícia Federal”, em 13 de dezembro, “sobre o suposto envolvimento de membros da alta cúpula da Segurança Pública do Amazonas com organizações criminosas”.
O congressista disse que decidiu “trazer a público o caso como tentativa de se resguardar” das supostas ameaças e intimidações sofridas. Declarou ter associado à acusação feita à PF (Polícia Federal) a abordagem da última 5ª feira (4.jan).
“Esse inquérito irá apurar tanto o envolvimento da alta cúpula da segurança pública com facções criminosas, quanto as intimidações contra o parlamentar. As medidas cabíveis foram tomadas e a investigação dos fatos será feita de acordo com os trâmites legais”, afirmou.
- Eis a íntegra da nota do deputado Amom Mandel:
“O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) passou a sofrer ameaças e intimidações nas últimas semanas por causa de uma denúncia à Polícia Federal sobre o suposto envolvimento de membros da alta cúpula da Segurança Pública do Amazonas com organizações criminosas. Junto a esse material, também foram incluídas as informações sobre uma abordagem policial que ocorreu na última quinta-feira, 4 de janeiro de 2024, com o parlamentar e sua companheira em uma das principais avenidas de Manaus (AM).
“A denúncia à PF, que ocorreu no dia 13 de dezembro de 2023, foi mantida em sigilo por questões de segurança. Nas semanas seguintes, o deputado sofreu ameaças, insinuações e intimidações de diversas vertentes, além de ter sido alvo, junto com a sua companheira, de uma abordagem policial truculenta. Por esse motivo, Amom decidiu trazer a público o caso, como tentativa de se resguardar. Sendo assim, é falsa a afirmativa do secretário de Segurança Pública do Amazonas, Cel Marcos Vinícius, dita em coletiva, de que o deputado fez uma cortina de fumaça.
“A abordagem policial truculenta foi relatada à Polícia Federal e foi apensada como parte da investigação anterior. Esse inquérito irá apurar tanto o envolvimento da alta cúpula da segurança pública com facções criminosas, quanto as intimidações contra o parlamentar. As medidas cabíveis foram tomadas e a investigação dos fatos será feita de acordo com os trâmites legais”.
- Eis a íntegra da nota da SSP-AM:
“A Secretaria de Estado de Segurança Pública esclarece a situação protagonizada pelo deputado federal Amom Mandel (Cidadania-Am) ao dar voz de prisão à uma guarnição e ao subcomandante do Policiamento Especializado da Polícia Militar do Amazonas, após ser parado em uma abordagem policial de rotina na zona leste de Manaus. O fato aconteceu no noite de quinta-feira (04/01), durante operação contínua das forças de segurança para a redução de índices criminais no estado.
“O carro em que o deputado estava, dirigido pela namorada do parlamentar, trafegava com as luzes apagadas, janelas em insulfilme 100% e realizando a troca de faixa de forma desordenada, o que chamou a atenção de uma viatura que patrulhava a área.
“Após ignorar os diversos sinais sonoros e luminosos emitidos pela viatura para que encostasse o veículo, a polícia conseguiu realizar a abordagem. Nesse momento o deputado desembarcou do carro e passou a questionar e reprovar a atuação dos agentes, alegando que não poderia ser abordado daquela forma.
“Sem aceitar as justificativas apresentadas para a abordagem, Amom Mandel decidiu dar voz de prisão por suposto abuso de autoridade aos quatro policiais que estavam na viatura e ao subcomandante do Policiamento Especializado, que havia ido ao local acompanhar a ocorrência após o deputado ligar para o secretário de Segurança, Vinicius Almeida, cobrando explicações pelo ocorrido.
“Nem mesmo a chegada do subcomandante geral da Polícia Militar e do próprio secretário de Segurança amenizou a situação e, atendendo ao pedido do deputado, os envolvidos foram encaminhados à uma delegacia, onde foram ouvidos pela delegada de plantão, que não encontrou elementos para prender em flagrante os policiais. Um inquérito para apurar o caso foi aberto e a Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, também, acompanha o caso”.
Poder 360